“Sou candidato à presidência do FC Porto”, informou o dirigente, ao discursar durante a sessão de lançamento do projeto “Todos Pelo Porto”, que decorreu no Coliseu do Porto.
Pinto da Costa, de 86 anos, concorrerá a um 16.º mandato seguido à frente do FC Porto, numa fase em que é o dirigente com mais títulos e longevidade do futebol mundial, tendo sido eleito pela primeira vez como 33.º presidente da história do clube em abril de 1982.
O dirigente junta-se ao empresário Nuno Lobo, candidato derrotado em 2020, e a André Villas-Boas, ex-treinador da equipa principal de futebol, entre os candidatos às próximas eleições dos ‘dragões’, que ainda não têm data marcada, mas deverão ocorrer em abril.
Há cerca de quatro anos, no primeiro ato eleitoral do FC Porto desde 1991 com mais do que uma candidatura, Pinto da Costa foi reeleito pela 15.ª ocasião como presidente, ao vencer o jurista José Fernando Rio e Nuno Lobo com 68,65% dos votos dos associados.
Nascido em 28 de dezembro de 1937, na freguesia portuense de Cedofeita, começou por exercer cargos diretivas em várias modalidades amadoras do clube, em 1962, incluindo o boxe e o hóquei em patins, e passou a chefiar a secção de futebol (1976-1980), antes de se ter tornado candidato único à sucessão do então presidente Américo de Sá, em 1982.
Em quase 42 anos completos sob a presidência de Pinto da Costa, o FC Porto iniciou um novo ciclo no futebol nacional e mais do que quintuplicou o seu palmarés – de 16 para 84 troféus -, ao celebrar 23 campeonatos, 15 Taças de Portugal, 22 Supertaças Cândido de Oliveira, uma Taça da Liga, duas Taças dos Campeões Europeus/Liga dos Campeões, duas Taças UEFA/Liga Europa, uma Supertaça Europeia e duas Taças Intercontinentais.
Em busca da projeção nacional e além-fronteiras, os ‘dragões’ acumularam vários outros sucessos nas camadas jovens e em modalidades como andebol, atletismo, basquetebol, boxe, bilhar, ciclismo, hóquei em patins, natação e voleibol, além do desporto adaptado.
Os 15.262 dias contabilizados desde a sua primeira tomada de posse, em 23 de abril de 1982, seis dias depois das eleições, pautaram-se ainda de modernização infraestrutural, refletida na abertura do Centro de Treinos e Formação Desportiva PortoGaia (2002), no Olival, do Estádio do Dragão (2003) e do Dragão Arena (2009), que vieram render os já demolidos Estádio das Antas e pavilhão Américo de Sá, ou do museu do clube (2013).