Os minhotos estrearam-se a vencer na prova na ronda anterior, frente ao Arouca (2-1), depois de três empates e três derrotas, mas reconhecem que, na perspetiva dos clubes “que não lutam pelo título ou lugares cimeiros”, é difícil “conseguir vitórias consecutivas”.
“Esse triunfo foi o reconhecimento do trabalho todo que está para trás. Já merecíamos há algum tempo. Não ficámos nada deslumbrados com isso. Apenas é diferente, porque são três pontos somados de uma só vez. De resto, pés bem assentes no chão. Sabemos que estamos longe daquilo que pretendemos para o Moreirense no final da época”, advertiu.
João Henriques vê o Moreirense acautelado para encarar um Marítimo “com os mesmos objetivos”, que vem de uma derrota tangencial consentida em tempo de compensação no terreno do campeão nacional Sporting (0-1) e já empatou na receção ao FC Porto (1-1).
“Tivemos a primeira vitória de muitas que desejamos, mas queremos dar continuidade àquilo que fizemos. Temos um jogo tremendamente difícil este fim de semana, com o intuito de ganhar novamente três pontos. Encontraremos uma equipa com bons atletas e uma equipa técnica conhecedora do futebol português. As adversidades estão lá todas, mas estamos preparados para defrontar mais um adversário deste calibre”, apontou.
O brasileiro Galego, a recuperar de lesão, é o único indisponível nos vimaranenses, que contarão em pleno com o compatriota Rafael Martins, após ter jogado condicionado perante o Arouca, devido a uma entorse sofrida nos treinos, durando até aos 60 minutos.
“Não vamos passear à Madeira, nem fazer uma viagem turística, mas para conquistar pontos e dar sequência ao que fizemos anteriormente. É um novo desafio que temos. Duas vitórias seguidas eram aquilo que desejávamos antes desta paragem para as seleções, que permitirá recarregar energias, tentar recuperar fisicamente os jogadores o melhor possível e acrescentar mais algumas coisas à evolução da equipa”, lembrou.
No primeiro triunfo da época, ficou patente a “maleabilidade” tática do Moreirense, com João Henriques a prescindir de uma estrutura com três defesas centrais para apostar de início no 4-4-2 clássico, que foi transformado na meia hora final para o tradicional 4-3-3.
“Vamos para a Madeira com possibilidades de utilizar mais que uma solução. A equipa está confortável com as alterações e os jogadores estão conhecedores do que temos de fazer. Por isso é que, quando mudamos de sistema, tem sido para melhor”, concluiu.
O Moreirense, 14.º, com seis pontos, visita o Marítimo, 12.º, também com seis, na sexta-feira, às 19:00, no Estádio da Madeira, no Funchal, na Madeira, no encontro de abertura da oitava jornada da I Liga, com arbitragem de Hugo Silva, da associação de Santarém