O piloto neerlandês Max Verstappen (Red Bull) venceu hoje o Grande Prémio do Canadá de Fórmula 1, oitava prova do Mundial de 2023, e igualou os 41 triunfos conseguidos pelo brasileiro Ayrton Senna.
Verstappen liderou todas as 70 voltas no circuito Gilles Villeneuve, em Montreal, cortando a meta após 1:33.58,348 horas, com 9,570 segundos de avanço sobre o espanhol Fernando Alonso (Aston Martin), que foi o segundo classificado, com o britânico Lewis Hamilton (Mercedes) em terceiro, a 14,168.
Esta foi a 100.ª vitória da Red Bull no Mundial de Fórmula 1 e a 41.ª de Max Verstappen, que iguala, assim, Ayrton Senna na lista dos mais vitoriosos, ambos no quinto lugar, a 10 triunfos do quarto, o francês Alain Prost, que tem 51, e a 62 do recordista, Lewis Hamilton (com 103).
"Vencer o 100.º GP para a equipa é incrível. Mesmo eu, não esperava estes números (41.ª vitória). Cometemos alguns erros aqui e ali, mas ganhámos, que é o mais importante", destacou.
No Canadá, Verstappen conseguiu a sexta vitória da temporada nas oito corridas já realizadas (só não ganhou Arábia Saudita e Azerbaijão), e a quarta consecutiva.
O piloto neerlandês tem sido o principal dominador do campeonato deste ano e hoje liderou de ‘fio a pavio’.
Partindo da pole position, teve Fernando Alonso ao seu lado na primeira linha da grelha, depois de o alemão Nico Hulkenberg (Haas), que tinha feito o segundo melhor tempo na qualificação, ter sido penalizado por uma irregularidade durante uma situação de bandeiras vermelhas, caindo para o quinto lugar da grelha.
Alonso deixou-se ultrapassar pelo britânico Lewis Hamilton (Mercedes) no arranque e demorou 23 voltas a recuperar o segundo lugar.
Nessa altura, já o britânico George Russell (Mercedes) tinha batido com a traseira no muro, provocando a entrada do safety car, o que permitiu a paragem dos primeiros para troca de pneus sem perderem posições.
A Mercedes atrasou-se ligeiramente face à Aston Martin e libertou Hamilton quando Alonso já estava a chegar à posição do britânico, numa possível manobra perigosa que os comissários investigam.
Russell ainda voltou à pista, mas acabaria por desistir a 15 voltas do final, com um problema de sobreaquecimento no seu carro.
Na volta 41, Hamilton parou novamente para trocar os pneus duros por médios. Alonso parou na 42, montando duros novamente. A seguir parou Verstappen, que montou médios.
O neerlandês regressou à pista com 4,6 segundos de vantagem, mesmo sem precisar de forçar o ritmo.
Atrás dele, a luta manteve-se intensa até final, até porque Alonso sofria com o aquecimento dos travões traseiros. Ainda assim, Hamilton não conseguiu chegar a menos de dois segundos do espanhol.
"Foi uma corrida muito exigente. Foram 70 voltas (ao ritmo) de qualificação", comentava o antigo bicampeão, no final.
Lewis Hamilton também ficou satisfeito com as evoluções da Mercedes, que lhe permitiram desafiar o Aston Martin de Alonso e superar claramente os dois Ferrari, que terminaram nos quarto e quinto lugares, com o monegasco Charles Leclerc e o espanhol Carlos Sainz, respetivamente.
"É uma honra estar na luta com dois campeões mundiais. Ainda perdemos nas curvas lentas. Precisamos de mais ‘downforce’ e eficiência. Mas estamos a ir na direção certa", frisou Hamilton.
Com os resultados do Canadá, Max Verstappen chegou aos 195 pontos no campeonato, mais 69 do que o mexicano Sérgio Pérez (Red Bull), que hoje foi sexto e somou o ponto extra pela volta mais rápida da corrida.
Fernando Alonso é o terceiro, agora com 117 pontos, mais 15 do que Lewis Hamilton.
Entre os construtores, a Red Bull tem já 321 pontos, contra os 167 da Mercedes e os 154 da Aston Martin. A Ferrari é quarta, com 122.
A próxima prova será o GP da Áustria, de 30 de junho a 02 de julho, que terá uma das seis corridas sprint da temporada.