O Vitória de Guimarães regressou ontem aos triunfos na I Liga portuguesa de futebol, ao derrotar o Marítimo por 2-1, num jogo da sétima jornada em que podia ter marcado mais, mas quase sofreu o empate no último minuto.
Os vimaranenses ‘coroaram’ a entrada forte com um golo de Raphinha, ao minuto cinco, mas os madeirenses responderam com um tento de Edgar Costa, aos 15, antes de o ex-maritimista Héldon, aos 75, marcar o golo decisivo para os vitorianos, que foram muito perdulários, mas quase sofreram o empate aos 90+5, num livre de Éber Bessa ao poste.
O resultado ditou a subida provisória da turma de Pedro Martins ao sétimo lugar, com 10 pontos, e o fim do ciclo de quatro vitórias da equipa insular, que falhou assim o regresso ao terceiro posto, sendo agora quarta, com 15.
A equipa anfitriã, com um flanco direito renovado graças às entradas do lateral João Aurélio e do extremo Héldon para os lugares de Victor Garcia e Rincón, respetivamente, entrou melhor e inaugurou o marcador aos cinco minutos por essa faixa, quando o ala cabo-verdiano cruzou para o segundo poste, onde Raphinha bateu Charles de cabeça.
Em desvantagem, a turma insular procurou reagir com lançamentos longos para os alas e igualou aos 15 minutos, no primeiro lance de perigo que criou, muito parecido ao do golo adversário, com Edgar Costa, ao segundo poste, a responder a um cruzamento da esquerda, do ex-vitoriano Ricardo Valente com um cabeceamento para o relvado.
Com o golo do empate, a turma minhota voltou a ter bola e a colocá-la rapidamente nos extremos, ‘encostando’ os insulares à sua área, e quase se adiantou de novo num remate de Konan, que tabelou em Bebeto e obrigou Charles a esticar-se para evitar o golo, aos 19.
Já com a chuva a cair no Estádio D. Afonso Henriques, o Vitória ameaçou de novo num corte de Pablo Santos que quase enganou Charles, aos 24, e depois num remate de Héldon, com espaço já no interior da área, que o guardião segurou em dois tempos (29).
O Marítimo ainda foi perigoso num lance em que Douglas não aliviou a bola à saída da área, mas o ‘chapéu’ de Rodrigo Pinho para a baliza deserta saiu ao lado, aos 34 minutos, mas foram os vimaranenses a desperdiçar a melhor ocasião de golo, aos 39, quando Raphinha atirou por cima no ‘coração’ da área, após passe atrasado de Héldon.
Os primeiros minutos do segundo tempo foram mais divididos, e o primeiro remate com algum perigo, de Hurtado, fora da área, surgiu apenas aos 60 minutos, três minutos antes de as duas equipas ficarem reduzidas a 10 unidades, quando Jubal e Zainadine viram o vermelho direto na sequência de uma alegada troca de palavras.
Com mais espaço sobre o relvado, os vitorianos retomaram o comando da partida e novas oportunidades de golo surgiram, com uma bola ao poste na sequência de um alívio defeituoso de Gamboa, aos 66, em dois remates perigosos de Héldon, aos 68 e aos 70, antes do extremo marcar mesmo, aos 75, com uma emenda de cabeça ao segundo poste, após canto de Raphinha.
Com o Marítimo forçado a arriscar, a equipa da casa teve ainda mais espaço e quase fez o terceiro golo, mas Héldon falhou o desvio final a passe de Estupiñán, ao minuto 78, e Raphinha, aos 83, atirou ao lado, e, aos 89, atirou contra Charles completamente só.
A reação maritimista foi ténue, mas quase surtiu efeito no último minuto dos descontos, quando um livre de Éber Bessa obrigou Douglas a esticar-se para desviar a bola, que embateu no poste.
LUSA