Num campo bem conhecido, pois jogou no Marítimo na temporada 2004/05, Silas fez a sua primeira partida como treinador e viu a sua equipa deixar boas indicações, ao criar as melhores oportunidades nos 90 minutos.
Ambos os conjuntos continuam sem conseguir vencer: o Marítimo somou o segundo empate consecutivo e leva cinco jogos desde a última vitória, enquanto o Belenenses soma nove.
Daniel Ramos manteve o mesmo ‘onze’ que empatou a zero em Paços de Ferreira e Silas apresentou duas novidades, com as inclusões de Chaby e de Maurides.
A partida mostrou equilíbrio numa etapa inicial, mas a formação do Restelo foi crescendo no jogo e controlou as ações em grande parte dos primeiros 45 minutos.
Chaby deu trabalho a Charles, aos 16 minutos, num remate cruzado e, na insistência, Bakic procurou resolver, mas foi impedido por Zainadine.
O médio internacional montenegrino, emprestado pelo Sporting de Braga, foi o autor do melhor lance da primeira parte, ao acertar na barra da baliza madeirense, aos 28 minutos, depois de executar o livre de forma direta, apesar da indicação de Luís Ferreira ser para um livre indireto, ficando a dúvida se Charles tocou na bola ou não antes de tocar na barra.
A equipa lisboeta jogava no meio-campo adversário e a causar, sobretudo pelo lado direito do ataque, muitas dificuldades ao Marítimo, que raramente atacou na segunda metade do primeiro tempo.
A segunda parte trouxe mudanças logo à partida na formação caseira, com a entrada de Ghazaryan para o lugar de Fabrício e ainda com destaque para a claque maritimista ‘Fanatics’, que começou a apoiar a equipa depois de ter ficado calada, em protesto, na etapa inicial.
Ainda assim, a grande oportunidade pertenceu ao Belenenses, aos 55 minutos, construída pelo lado direito por Pereirinha, que conseguiu cruzar antes da linha final e o médio insular Fábio Pacheco acabou por entregar a bola a Maurides, que acertou na barra da baliza do Marítimo.
As ocasiões claras de golo eram escassas, apesar do sinal mais visitante até à entrada do último quarto de hora, em que o jogo se tornou mais dividido.
Ao minuto 81, o Belenenses ficou em desvantagem numérica, com a expulsão do central Nuno Tomás, que tinha visto o primeiro cartão amarelo apenas dois minutos antes.
A pressão ‘verde rubra’ aumentou, mas o melhor conseguido foi um cabeceamento de Gamboa, nos instantes finais, direto à figura do guarda-redes Filipe Mendes.
LUSA