O Arouca isolou-se hoje no quinto lugar da I Liga portuguesa de futebol, que vale um lugar nas taças europeias de 2023/24, ao vencer em casa o ‘aflito’ Marítimo por 1-0, em encontro da 27.ª jornada.
Um golo do espanhol Rafa Mujica, aos 35 minutos, selou o triunfo dos anfitriões, que somaram a segunda vitória consecutiva e quarta nos últimos seis jogos, aos quais juntam mais dois empates.
Na classificação, o Arouca passou a somar 44 pontos, mais três do que o Vitória de Guimarães, derrotado na sexta-feira por 2-1 no reduto do Boavista, enquanto o Marítimo continua em 16.º, com 19, mas pode ultrapassado pelo Paços de Ferreira.
Na segunda parte, em relação às oportunidades criadas e desperdiçadas, o Arouca esteve muito por cima. Oportunidades só com o guarda-redes pela frente, em superioridade numérica nas zonas de finalização e não conseguimos fazer o golo que nos poderia dar maior tranquilidade.
(Se esperava uma temporada tão positiva) Iria mentir se dissesse que sim. Agora, há um trabalho muito sério por trás, um grupo de jogador e dirigentes que nos têm dado a estabilidade necessária para poder fazer o que estamos a fazer (…) Temos sabido levar a água ao nosso moinho, espero que assim continue. Faltam sete jogos e vamos acreditar que esta é a fórmula certa porque foi a que nos trouxe até aqui. A seriedade não é negociável, o empenho e a ambição não são negociáveis e agora é manter os pés no chão".
José Gomes (treinador do Marítimo): "Nós preparámo-nos para retirar ao Arouca aquilo em que são fortes a fazer: o envolvimento do jogo interior, com os extremos a jogar por dentro, atraindo o adversário para jogar em profundidade ou nos corredores laterais. Conseguimos, na minha opinião, enganar o plano de jogo do Arouca porque provavelmente estariam à espera de outra forma de defender.
Há dois desalinhamentos da nossa pressão, em que pressionámos o guarda-redes de forma pouco articulada e uma resultou num canto e outra no golo deles. A partir daí, olho para o jogo e vejo a bola mais vezes perto da baliza do Arouca, com mais remates da nossa parte, mas a eficácia na finalização deu-lhes a vitória.
As equipas que estão desde o início do campeonato e trabalham como os meus jogadores têm o momento ultrapassado por natureza. Não há motivação, desleixo, falta de compromisso. A intensidade com que trabalhamos, a seriedade e a resiliência a todo o sofrimento que temos tido fazem com que eles (jogadores) estejam indiscutivelmente todos mais fortes".