Numa prova disputada por 30 atletas de 14 países, a equipa lusa foi inteligente na tática, mantendo-se compacta na parte de trás do pelotão, de forma a poupar energias, numa fase inicial.
A meio da prova, já com o pelotão desgastado, Miguel Bravo levou Marco Lira para uma fuga que rapidamente ganhou 50m/100m de vantagem. Bravo fazia as despesas do ritmo e, na reta da meta antes da pontuação, “abria” para Marco Lira fazer os dois pontos, em cada passagem na meta. Os franceses não permitiam que a fuga ganhasse muita distância, mas tinham dificuldades em anulá-la, acabando por o conseguir apenas a quatro voltas do final, quando Lira já havia acumulado 12 pontos, num trabalho de equipa excecional.
No final, Lira confirmou o segundo lugar no pódio, com 12 pontos (atrás do franês Martin Ferrie com 19, atual Campeão do Mundo).
Marco Lira não podia estar mais satisfeito com a conquista «é um sonho tornado realidade ser medalhado em seniores e num Campeonato da Europa», confessou. Com apenas 20 anos, e depois de ser Vice-Campeão do Mundo em 2021 na mesma prova em júnior, Lira considera esta conquista «muito positiva. Estou muito feliz, era algo que vinha à procura e antes de ir para o europeu sonhava com isto. Sabia que era muito difícil mas que era possível».
Para o atleta, esta conquista é da equipa «acreditamos até até ao final. Tenho de agradecer à minha equipa de trabalho, mas principalmente ao meu colega de seleção Miguel Bravo, que fez um trabalho espetacular, e também ao António Freitas. Esta medalha é o resultado de um grande trabalho de equipa e de uma grande união e temos que estar felizes pela conquista».
O Selecionar Nacional de Seniores, Paulo Batista, também estava feliz com a vitória «grande prestação da equipa, com um trabalho incrível do Marco Lira, do Miguel Bravo e também do António Freitas. De parabéns toda a equipa, staff e estrutura, bem como os treinadores dos patinadores e os seus clubes, pelo trabalho desenvolvido».