O II Encontro Regional de Pedestrianismo da Madeira vai juntar no sábado mais de 700 pessoas no Chão dos Louros, em plena floresta Laurissilva, no norte da ilha, já com o objetivo de internacionalizar o evento em 2017.
"A Madeira vai tornar-se um paraíso mundial do pedestrianismo e a atividade vai alavancar cada vez mais o turismo da região", disse hoje à agência Lusa o representante regional da Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal, Rui Nelson, responsável pela organização do evento, em conjunto com a Associação Retoiça.
O encontro no Chão dos Louros, no concelho de São Vicente, reúne elementos de 13 clubes e 17 grupos de pedestrianismo, uma das atividades mais praticadas atualmente na Madeira, sobretudo por turistas.
Rui Nelson lembrou que entre dois e três mil estrangeiros fazem diariamente percursos a pé nas veredas, levadas e montanhas da ilha, sendo também cada vez maior o número de madeirenses que se dedicam ao pedestrianismo.
"Com tanta gente a andar pelas montanhas, é estranho não haver mais encontros como o que vai acontecer no sábado", disse Rui Nelson, sublinhando que a Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal vai já começar a trabalhar no sentido de organizar um encontro internacional no próximo ano.
O responsável destacou que é esperado um "crescimento enorme" do pedestrianismo nos próximo anos, pelo que apelou às autoridades madeirenses para que dediquem mais atenção ao estado dos percursos, um trabalho que deve envolver não apenas o Governo Regional, mas também as câmara municipais e as juntas de freguesia.
O Encontro Regional de Pedestrianismo, patrocinado pela Câmara de São Vicente, consiste, basicamente, num convívio entre elementos das 30 associações madeirenses, que, em passeio pela serra a partir de diferentes pontos da ilha, se concentram no Chão dos Louros a partir das 14:00 de sábado.
No local será servida uma macarronada para "retemperar forças".
"O ouro da Madeira está nas montanhas", afirmou Rui Nelson, lembrando, por outro lado, que a montanha é o jardim da casa de qualquer madeirense e que o pedestrianismo não promove a competição, mas apenas o contacto com a natureza e o convívio entre as pessoas.