Na véspera do duelo ibérico, em Madrid, de preparação para o Campeonato da Europa, o técnico disse esperar um jogo “complicado”, oito meses depois de as duas equipas se terem ‘anulado’ (0-0) no Estádio José Alvalade, também num encontro de preparação.
“Portugal é o atual campeão da Europa e da Liga das Nações. Tem jogadores de grande qualidade individual. Além de ser o detentor do troféu, é um dos favoritos a ganhar o Europeu. Vai ser um jogo complicado, como foi em Portugal, mas vamos tentar fazer o mesmo que fizemos até agora com qualquer adversário”, afirmou, em conferência de imprensa, no Wanda Metropolitano, em Madrid.
Da mesma forma, Luís Enrique elegeu a Espanha como uma das seleções “candidatas” a erguer novamente um troféu que conquistou em 1964, 2008 e 2012, apesar de algum pessimismo que reina entre os jornalistas espanhóis.
“Os jornalistas estão certamente menos otimistas. Esta seleção é muito difícil de bater. Estamos convencidos de que podemos ter um bom desempenho e acho que estamos entre as seis ou sete candidatas a vencer a competição. Mas também me posso enganar”, referiu o técnico, de 51 anos.
Na antevisão do jogo com Portugal, o tema dominante acabou por ser o trio de guarda-redes da seleção espanhola, composto por David de Gea, Robert Sánchez e Unai Smón, que, pelo que se viu na conferência de imprensa, estão longe de serem unânimes entre a opinião pública do país vizinho.
“Eu sei quem vai ser o titular no Europeu, mas não posso dizer. Todos têm condições de jogar, caso contrário, não estariam na convocatória. Qualquer um dos três guarda-redes dá-me garantias. Estou acostumado e preparado apara enfrentar todas as polémicas que possam existir. É o trabalho de um treinador”, observou.
Fora das opções de ‘La Roja’ desde novembro de 2018, o lateral César Azpilicueta foi uma das surpresas de Luís Enrique na lista de 24 eleitos para o Euro2020 e mostrou-se “muito feliz” pelo regresso, depois de ter participado no Europeu de 2016 e nos mundiais de 2014 e 2018.
“Sempre tive a ambição de voltar à seleção, mas não podia fazer mais do que trabalhar bem no meu clube e fazer uma boa temporada. Há muitos jogadores de qualidade, portanto é difícil chegar aqui. Concentrei-me em trabalhar ao máximo e fiquei muito contente quando soube que estava de volta”, confessou.
Poucos dias após ter se sagrado campeão europeu pelo Chelsea, numa final diante do Manchester City, no Porto, o lateral, de 31 anos, disse ter uma “espinha encravada” no que diz respeito à seleção, tendo em conta que ainda não venceu qualquer troféu por ‘La Roja’.
“No sábado, tive a sorte de ganhar a Liga dos Campeões, mas a verdade é que tenho uma espinha encravada com a seleção. Não é fácil ser campeão da Europa por seleções, mas é um objetivo que temos. O nível é cada vez mais exigente e, amanhã [sexta-feira], será um bom teste para demonstrarmos que estamos prontos para o arranque do Europeu”, salientou.
O encontro entre Portugal e Espanha está a agendado para sexta-feira, a partir das 18:30 (hora de Lisboa), no estádio Wanda Metropolitano, em Madrid, que contará com 15.000 adeptos nas bancadas, cerca de 22% da lotação do reduto do Atlético de Madrid.
C/Lusa