Em comunicado, o Cruzeiro avançou que Jardim, de 51 anos, já não irá liderar a equipa em 2026 e que a explicações para sua saída serão dadas ainda hoje em conferência de imprensa, com a presença do treinador português.
“Somos gratos por toda a dedicação, comprometimento e profissionalismo durante o ano. Desejamos muito sucesso na sequência das trajetórias dos profissionais”, lê-se na nota do clube.
Jardim chegou a Minas Gerais em fevereiro e levou o Cruzeiro ao terceiro lugar do Brasileirão e ficou a um passo da final da Taça do Brasil.
“Estes momentos nunca são fáceis, mas temos de ser racionais. Em fevereiro, quando vi para cá, tinha passado 45 dias em viagem e hospital com a minha esposa e sem tempo para nada, dois dias depois dela sair do hospital vim para o Cruzeiro. Vim para dar o meu melhor, dediquei-me a cem por cento a todos os níveis. Saio por motivos muito pessoais, o desgaste que todo este ano, não só desportivo como pessoal, me criaram e alguns sinais alertaram-me: ‘Jardim, pára um pouco pela tua saúde física e mental’. Não é a primeira vez que o faço, após seis anos no Mónaco também estive ano e meio a refletir sobre a vida. E como não estou a cem por cento disponível decidi sair porque não se pode representar o Cruzeiro em part-time”, explicou o madeirense, que vai assim fazer uma pausa na carreira de treinador.
No domingo, em São Paulo, no duelo de segunda mão das ‘meias’, o Cruzeiro caiu perante o Corinthians no desempate por grandes penalidades (5-4), encontro que podia ter tido outro desfecho caso Gabriel Barbosa, antigo avançado do Benfica, tivesse marcado o seu penálti, que daria o apuramento a Leonardo Jardim.
Antes de ter a primeira experiência no Brasil, Jardim treinou Camacha, Beira-Mar, Desportivo de Chaves, Sporting de Braga, Olympiacos, Sporting, Mónaco, Al Hilal, Al Ahli, Al Rayyan e Al Ain.
No seu currículo, o treinador nascido na Venezuela conta com uma Liga francesa, um campeonato grego, uma Liga saudita e uma Liga dos Campeões asiática.
Lusa