Decorreu no passado dia 23 de abril, a 16ª edição do Open Internacional de Portugal, organizado pelo Clube de Karaté da Maia, que contou com a participação de mais de mil atletas, femininos e masculinos, a competir nas vertentes de Kata (formas) e Kumité (combate). O Clube Naval do Funchal, integrado numa comitiva madeirense de 51 elementos, incluindo atletas, treinadores, árbitros e acompanhantes, competiu neste evento com 4 atletas iniciados (com idades compreendidas entre os 10 e 11 anos) nas provas de Kata e Kumité: João Gonçalo Castro, Gonçalo Canha Silva, João Henrique Gonçalves e Lucas Oliveira
Na parte da manhã, os navalistas iniciaram a competição na prova de Kata Iniciados onde haviam inscritos 64 atletas masculinos distribuídos por duas pools. Na pool nº1, começou Gonçalo Silva, que fruto de algum nervosismo cometeu um erro de execução do Kata que o comprometeu perdendo por 0-5. No entanto acabou por integrar uma segunda prova designada de "2ªLiga" que reúne todos os atletas que perderam na 1ª eliminatória para apurar o melhor.
O Gonçalo Silva aproveitou esta segunda oportunidade e venceu todos os 4 confrontos seguintes pelos parciais de 3-2, 5-0, 5-0 e 3-2, terminando em 1º lugar da 2ª Liga e 5º lugar da geral. Na pool nº2, tínhamos o Gonçalo Castro, João Gonçalves e Lucas Oliveira. O primeiro referido não deu hipótese aos seus adversários nas duas primeiras eliminatórias, vencendo ambos por 5-0 mas na 3ª eliminatória enfrentou um atleta mais maduro em termos competitivos e perdeu por 1-4. Ainda sonhou com a hipótese da repescagem para o 3º lugar mas acabou por não se concretizar já que o competidor que o derrotou ter ganho na eliminatória seguinte. Mesmo assim alcançou um honroso 7º lugar. Também João Gonçalves não teve melhor sorte porque, apesar de vencer na 1ª eliminatória por 4-1, não teve hipótese perante um adversário com mais argumentos, derrotando-o por 0-5 (também não foi repescado). Por último, Lucas Oliveira perde a 1ª eliminatória por 1-4. Ainda integrou a 2ª Liga mas num confronto muito equilibrado acabou por perder pela margem mínima de 2-3.
Já na prova de Kumité (combate) entre 51 atletas a competir em Juvenis -55Kg, um escalão etário acima do habitual, os atletas do Naval não se demoveram determinados em entrar no tatami e dar o seu melhor. Foi precisamente isso que aconteceu: o primeiro a abrir as "hostilidades" foi João Gonçalves que com os seus 35kg de peso debateu-se sem medo contra um juvenil quase o dobro do seu tamanho e certamente com um peso perto de 55kg. Apesar de perder na 1ª eliminatória por 0-8, conseguiu executar as suas técnicas essencialmente de braços no timing correto mas devido à envergadura e gestão da distância do adversário não foi suficiente para pontuar.
Lucas Oliveira empolgado pelo desempenho do seu colega entrou determinado a vencer e com uma boa gestão da distância conseguiu levar o combate ao fim empatado a zeros. Coube aos juízes decidirem quem merecia a vitória o que acabou por sorrir ao seu adversário por 1-4. Por sua vez, Gonçalo Castro teve um desempenho excecional na 1ª eliminatória contra um adversário notoriamente mais experiente; bateu-se, no entanto, de igual para igual, debitou muitas técnicas de braços e pernas, chegando até a colocar 2 gyaku-tzukis (socos) à face do oponente com todos os critérios de pontuação mas que acabaram por não ser validados por serem considerados excesso de contacto. Acabou por perder por 0-3, fruto de uma desatenção momentânea que permitiu o adversário colocar uma técnica de pernas à cara. Gonçalo Silva, apesar de inscrito em Kumité não pode competir por defeito do protetor bocal.
Bruno Menezes, treinador navalista que acompanhou os jovens atletas, após nos dar esta detalhada descrição do dia de competição, deixou-nos também com este comentário, «A participação da equipa navalista demonstrou-se positiva com destaque para o 5º lugar do Gonçalo Silva e o honroso 7º lugar do Gonçalo Castro, ambos na disciplina de Kata. Notou-se evolução na competitividade dos nossos atletas, fruto não só do empenho destes nos treinos mas também da experiência adquirida não só nos torneios regionais como também em participações em torneios internacionais.»