Ivo Vieira disse hoje que demitiu-se do cargo de treinador do Marítimo "em defesa" do clube madeirense, que ocupa o 10.º lugar da I Liga portuguesa de futebol, e desejou sorte para o futuro.
"Eu tomei esta decisão em prol e em defesa da própria instituição, porque o Marítimo merece todo o respeito. Desejo ao Marítimo sorte, felicidade e um futuro risonho. Vou torcer por fora para que continue a ganhar", afirmou aos jornalistas no Complexo Desportivo do clube, em Santo António, onde se despediu.
No final, deixou uma palavra de agradecimento a toda a estrutura maritimista e a uma pessoa em particular.
"Quero agradecer a uma pessoa em especial, o presidente Carlos Pereira, que tratou-me sempre de uma forma humana, acima do que era esperado", salientou.
Ivo Vieira chegou ao Marítimo em janeiro de 2013, na altura para treinar a equipa B, onde ficou até o verão de 2014, tendo passado depois para adjunto de Leonel Pontes, a quem sucedeu em março de 2015.
Ao longo do seu trajeto de dez meses à frente do comando técnico, destacou a final da Taça da Liga na época 2014/2015, uma "página marcada na história" dos insulares (vitória do Benfica por 2-1), além da primeira vitória de sempre do Marítimo no Estádio do Dragão, diante do FC Porto, por 3-1, a 29 de dezembro, para a Taça da Liga.
Os adeptos também não foram esquecidos e Ivo Vieira deixou uma "palavra de apreço", embora tenha admitido que não podia "agradar a todos".
O agora ex-técnico deseja que a situação do clube melhore com a entrada do sucessor e defende que os jogadores precisam de "tranquilidade e coesão".
Após dois dias de folga, o Marítimo regressou hoje ao trabalho, tendo o treino sido orientado por João Carvalho e José Manuel, os únicos elementos que permanecem na equipa técnica.