Depois de se ter sagrado Campeão Nacional de Velocidade em 2015, Francisco Abreu voltou este ano abraçar um novo desafio e, uma vez mais, mostrou o seu talento e potencial ao lutar pelo ceptro de 2016 até à última prova, conquistando o Vice-Título.
Depois de te teres sagrado Campeão Nacional de Velocidade em 2015, este ano abraçaste o desafio de um tipo de carro completamente novo e com o qual nunca tinhas competido para disputar o Campeonato Nacional de Velocidade de Turismo. Como foi que te adaptaste a um automóvel de Turismo de tracção dianteira?
Francisco Abreu: “Depois da minha carreira no karting competi em monolugares e em sport-protótipos, carros criados de raiz para as corridas – muito leves, potentes e com muito apoio aerodinâmico. O Volkswagen Golf TCR – de tracção dianteira e 1300kg – era bastante diferente do que estava habituado, com o dobro do peso e tracção dianteira. Para além disso, o carro era novo para o Team Novadriver, que o tinha que descobrir sem muitos dados da Volkswagen, que estava também a conhecer o seu novo produto. Eram muitas incógnitas, mas todos juntos conseguimos evoluir e a minha adaptação progrediu consistentemente – a minha vitória em Jerez foi prova disso mesmo. Conseguimos manter-nos na luta pelo ceptro até ao último fim-de-semana, o que demonstra que conseguimos alcançar um nível elevado rapidamente. Julgo que o Manuel Gião acabou por ser uma peça muito importante em toda a engrenagem, uma vez que a sua experiência neste tipo de carros é enorme.”
Que balanço fazes da tua época de estreia no Campeonato Nacional de Velocidade de Turismo com um carro de tracção dianteira?
Qual foi o ponto alto da tua temporada?
Qual foi o momento mais difícil da tua temporada?
Francisco Abreu: “Sem dúvida o fim-de-semana do Algarve. Mostrámos na qualificação que estávamos muito rápidos e sabíamos que podíamos lutar pela vitória. No entanto, um problema no diferencial obrigou-nos a abandonar na primeira corrida e impediu-nos de alinhar na segunda. Depois, sem ninguém perceber muito bem porquê, os comissários desportivos, tardiamente, não nos permitiram alinhar no segundo lugar da grelha de partida para a terceira prova do programa, atirando-nos para último. Fiz uma prova de faca nos dentes e recuperei até segundo, mas o fim-de-semana acabou por ser uma decepção, dado que estou certo que, sem todos estes contratempos e decisões injustificadas, teríamos estado na luta pelas vitórias em todas as corridas.”
Quais são os teus planos para o futuro?
Francisco Abreu: “Ao longo da minha carreira o objectivo sempre foi evoluir enquanto piloto e dar o retorno merecido aos meus patrocinadores, sem os quais não tinha chegado aonde cheguei. Neste momento estamos avaliar todas as opções. Temos diversas, desde os ralis até a continuação na velocidade. Quando concluirmos qual o melhor caminho para 2017 anunciaremos o meu projecto para a próxima temporada.”