O médio João Mário admitiu hoje que foi “muito difícil estar de fora” das principais escolhas da seleção portuguesa de futebol, mas reconheceu que para ser presença habitual depende do “momento” que vive no clube.
O jogador do Benfica, de 28 anos, esteve arredado da equipa principal das ‘quinas’ durante quase dois anos, apesar de ter sido um dos jogadores cruciais na conquista do 19.º título nacional do Sporting, na temporada passada.
Contudo, tal como já tinha acontecido na ‘janela’ internacional de setembro, voltou a merecer a confiança do selecionador Fernando Santos para o encontro particular com o Qatar, no sábado, e para o duelo com o Luxemburgo, na terça-feira, de apuramento para o Mundial2022.
“[Foi] muito difícil estar fora deste grupo. Queremos estar sempre na seleção, um espaço em que nos sentimos bem, onde nos sentimos valorizados. Foi difícil não estar aqui, mas, felizmente, estou de volta”, começou por dizer João Mário, em conferência de imprensa.
Questionado sobre o porquê de voltar a ser chamado enquanto jogador do Benfica e não quando representou o Sporting no passado recente, João Mário considerou que a “seleção é um pouco o momento”, lembrando que na época passada houve outros médios que se apresentaram a um grande nível.
“No ano passado, na minha posição, houve jogadores que fizeram uma época muito boa. Há muito bons jogadores para o meio-campo. Acima de tudo, respeito. Sabemos que a concorrência é muito alta e cabe-nos estar ao mais alto nível no clube”, justificou.
No balneário das ‘quinas’ voltou a encontrar Matheus Nunes, um jogador estreante em convocatórias ‘AA’ e com quem jogou nos ‘leões’.
“O Matheus é um grande jogador, trabalhei com ele no Sporting e fico feliz por ele. É algo que ele queria, não o vejo como concorrente, mas como um colega. Estamos cá todos para o mesmo e espero que ele possa ser feliz”, desejou.
No centro do terreno é onde João Mário se sente mais confortável e explica que hoje é um jogador “mais completo e mais maduro”.
“No clube, há muita rotina. No Benfica temos um sistema, mas também variamos. Sinto-me mais confortável a jogar pelo meio. Aqui [na seleção] também já joguei com todos os jogadores, como o Matheus, William e Palhinha. Senti alguma dificuldade no Euro2016 a nível físico, mas hoje sinto-me um jogador mais completo, mais maduro, fruto da experiência que fui tendo no estrangeiro, em outros campeonatos”, concluiu.
A seleção portuguesa joga com o Qatar no sábado, a partir das 20:15, em encontro particular, e três dias depois defronta o Luxemburgo, às 19:45, para o grupo A de qualificação para o Mundial2022, sendo que ambas as partidas se realizam no Estádio Algarve.
Portugal lidera o grupo A de qualificação para o Campeonato do Mundo do próximo ano, com 13 pontos, mais dois do que a Sérvia (11), segunda colocada, e mais sete face ao Luxemburgo (seis), que é terceiro, à frente de República da Irlanda (dois) e Azerbaijão (um).