António Florido (treinador do Madeira SAD): “Querer muito (foi o segredo para a vitória). Falámos, na semana toda, que iríamos vencer. O grupo estava muito motivado. Fomos tendo várias jogadoras lesionadas e doentes, o que uniu o grupo. Quando está forte e unido, o Madeira SAD é difícil de bater.
Os outros jogos com o Benfica foram muito equilibrados. Hoje, o Madeira SAD foi muito melhor. Merecemos a vitória. Parabéns ao adversário, que é uma grande equipa e tem um grande treinador (João Florêncio). Conquistámos a 20.ª Taça de Portugal com todo o mérito.
Entre o final do tempo regulamentar e o início do prolongamento, disse às jogadoras que não podíamos ter medo de ganhar e que tínhamos de acreditar que éramos capazes. Não falámos de táticas, nem estratégias”.
Neide Duarte (jogadora do Madeira SAD): “Eu não conseguia marcar nove golos (melhor registo do jogo, a par de Duda Santos) se as minhas colegas não trabalhassem muito. Jogámos com muito ‘coração’. Tínhamos algumas jogadoras lesionadas. Quisemos mais do que elas (Benfica). Isso faz com que levemos a Taça de Portugal para a Madeira.
Tivemos uma ‘estrelinha’ que nos faltou nos outros jogos (para o campeonato, em que o Benfica se sagrou vencedor e o Madeira SAD foi segundo). Tivemos outros jogos em que perdemos vantagens. Com o querer e a atitude de hoje, também conseguimos ter sorte”.
João Florêncio (treinador do Benfica): “Faltaram-nos jogadoras decisivas, a Maria Unjanque e a Viktoriya Borshchenko. A (guarda-redes) Ana Maria Ursu está sem treinar há quatro meses e não esteve ao nível que nos habituou.
Não nos faltou nada (a nível de desempenho), quando temos um adversário como o Madeira SAD. É uma equipa que investe para ser campeã nacional e que ganhou o primeiro título no final da época. O Madeira SAD teve todo o mérito (ao vencer a Taça de Portugal).
Esta geração ganhou oito dos 10 títulos (nacionais femininos de andebol) nos últimos três anos”.
Duda Santos (jogadora do Benfica): “Faltou, nos momentos decisivos, estarmos bem concentradas para finalizar melhor. Houve momentos em que poderíamos empatar ou passar para a frente, e faltou concentração. Houve também mérito da outra equipa, que nos estudou bem. Foi um jogo bem difícil, digno de uma final. Não nos faltou vontade e entrega.
Num desporto coletivo, não vale de muito ter um bom desempenho individual (melhor marcadora do Benfica, com nove golos) e a equipa não ganhar. Preferia ter feito um jogo ‘mais ou menos’ e vencer (a Taça de Portugal)”.