No Estádio Municipal Dr. Magalhães Pessoa, em Leiria, os golos do canadiano Stephen Eustáquio (10 minutos) e do espanhol Iván Marcano (86) sentenciaram a final da 16.ª edição da prova mais jovem do futebol profissional português, que os ‘azuis e brancos’ nunca tinham vencido, após já terem perdido em 2009/10, 2012/13, 2018/19 e 2019/20.
O FC Porto completou o seu palmarés nas provas internas e ficou pela primeira vez na posse dos quatro principais troféus nacionais em simultâneo, igualando as 83 conquistas do Benfica, que celebrou pela última vez no início de 2019/20, quando goleou o Sporting (5-0) para triunfar pela oitava vez na Supertaça Cândido de Oliveira, no Estádio Algarve.
Nesta contagem ‘cega’, que põe no mesmo patamar uma prova internacional e uma taça interna, a luta é a dois, uma vez que os ‘leões’, que até tinham juntado a revalidação da Taça da Liga à Supertaça em 2021/22, estão num distante terceiro lugar, com 54 êxitos.
O FC Porto colocou-se no final da última época a dois troféus do Benfica, ao selar o 30.º cetro da I Liga, com um recorde de 91 pontos, e a 18.ª Taça de Portugal, após um triunfo na final ante o Tondela, por 3-1 no Jamor, depois de ter afastado os dois rivais lisboetas.
Concretizada em maio de 2022, a nona ‘dobradinha’ daria origem ao sétimo ‘triplete’ dois meses mais tarde, quando o conjunto orientado por Sérgio Conceição voltou a bater os ‘beirões’, recém-despromovidos à II Liga, por 3-0, em Aveiro, selando a 23.ª Supertaça.
Nas provas nacionais, o FC Porto soma ainda quatro triunfos no extinto Campeonato de Portugal, competição antecessora da Taça de Portugal, que se realizou entre 1921/22 e 1937/38, para cessar hoje uma ‘maldição’ na Taça da Liga que persistia desde 2007/08.
Os ‘azuis e brancos’ são o clube português mais laureado no futebol internacional, ao ostentarem sete cetros – Taça dos Campeões Europeus (1986/87), Liga dos Campeões (2003/04), Taça UEFA (2002/03), Liga Europa (2010/11), Taça Intercontinental (1987 e 2004) e Supertaça Europeia (1987/88) -, contra dois dos ‘encarnados’ e um dos ‘leões’.
FC Porto e Benfica estão agora empatados na liderança do somatório global de troféus, que os ‘dragões’ já tinham comandado anteriormente, chegando a ter quatro de avanço sobre as ‘águias’ (74-69) após a conquista da Supertaça Cândido de Oliveira, em 2013.
O clube da Luz reassumiria a dianteira (81-74) com um parcial de 12-0 nos quatro anos posteriores, que se saldaram na concretização de um inédito ‘tetracampeonato’, ladeado por outras três edições da Supertaça, três da Taça da Liga e duas da Taça de Portugal.
O FC Porto voltou a festejar em 2017/18, evitando logo na estreia de Sérgio Conceição – tornou-se hoje o treinador mais titulado do clube – o ‘penta’ ao Benfica, que reagiu com a ‘reconquista’ de 2018/19, numa época em os ‘dragões’ ficaram apenas pela Supertaça.
Essa decisão disputada habitualmente no verão entre o campeão nacional e o vencedor da Taça de Portugal representou a última conquista do Benfica, em 2019/20, enquanto o FC Porto viria a repetir a ‘dobradinha’ dessa temporada em 2021/22, tendo, pelo meio, conjugado mais dois êxitos na prova ‘rainha’, dois na Supertaça e um na Taça da Liga.