É a triste realidade do desporto automóvel. Por norma quem tem talento e quando inserido num projecto privado mais cedo ou mais tarde acaba por ser forçado a parar por falta de verbas.
É o que vai acontecer a equipa madeirense em 2018. Num contacto estabelecido pela RTP Diogo Soares confirmou a triste realidade. “Não há volta a dar. Apesar dos resultados que conseguimos alcançar para o ano vamos parar porque nao conseguimos voltar a garantir verba para estar de novo a competir.”
Apesar de dois anos brilhantes em termos de resultados e exibições Diogo Soares ficará em 2018 de fora a ver a caravana passar.
Se o desporto automóvel tem grandes injustiças, esta é uma delas.
Comunicado organização:
“Fez-se história no Challenge DS3 R1. Diogo Soares e o seu navegador Luís Rodrigues alcançaram a quinta vitória consecutiva na temporada em cinco provas, um feito praticamente inédito em troféus monomarca, o que lhes possibilita levarem para casa o título nesta competição, o que acontece pela segunda vez consecutiva.
Os principais pilotos do Challenge DS3 de 2017, proporcionaram nesta prova um grande espetáculo desportivo, com a liderança do rali sempre pressa por poucos segundos ao longo de toda a prova.
Ricardo Sousa / Luís Marques passaram 8 dos 11 troços que componham o Rali de Viana do castelo na liderança da prova, tendo vencido três troços. Um início de rali muito rápido permite a Ricardo Sousa manter na liderança por muito tempo, sendo só superado por Diogo Soares nos três derradeiros troços, depois desde ter vencido sete troços, seis dos quais de forma consecutiva, terminando em alta este rali.
Grande destaque para a prova de Hugo Lopes / Nuno Ribeiro, que mesmo não tendo vencido qualquer troço, andaram sempre muito próximo da liderança, revelando uma enorme competitividade. O terceiro lugar a 18s de Soares, não demonstra o que foi a prestação de Lopes neste rali.
Também muito competitivo e a lutar pela vitória, andaram Miguel J. Barbosa / Alberto Silva. Numa altura em que os quatro primeiros andaram separados por 8s, Miguel J. Barbosa viria a sair de estrada no final 7a especial, hipotecando aí todas as suas aspirações face ao título.
Sérgio Brás / Rui Ribeiro foram a Viana do Castelo para continuarem a progredir nos ralis, sendo atingidos os objetivos propostos para este prova.
“Foi, provavelmente, o rali mais difícil que já fizemos dentro do Citroen. Entrámos "adormecidos" na parte da manhã, mas depois do almoço conseguimos vencer todos os troços. Foi um rali muito disputado, com diferenças à décima de segundo em vários troços. Tivemos de nos aplicar para chegar ao fim deste rali com mais uma vitória”, referiu no final Diogo Soares que sobre o título disse ainda que o mesmo “representa dois anos de muito trabalho. Estas vitórias todas são fruto de muito trabalho e dedicação da nossa parte e das equipas que nos acompanharam este ano. Infelizmente, para o ano teremos de parar por falta de apoios, mas saímos de consciência tranquila de que fizemos tudo o que estava ao nosso alcance para mostrar o nosso potencial”.