Neuville, que começou a jornada no terceiro lugar, fechou o dia com 3,3 segundos de avanço para Ogier e 34,9 para o galês Elfyn Evans (Toyota Yaris), que caiu da liderança para o terceiro lugar desta prova de abertura do Campeonato do Mundo.
O belga da Hyundai entrou ao ataque logo de manhã, aproveitando o facto de se estrearem três novas classificativas, e encurtou a distância para a frente da corrida em 10 segundos, chegando ao comando por apenas 0,9 segundos.
Até final, só perderia a liderança na penúltima especial, para Ogier, que festejou a 700.ª vitória em especiais do Mundial.
A primeira vitória do oito vezes campeão aconteceu no Rali de Gales, em 2008, e coloca o piloto natural de Gap no quarto posto da lista dos mais vitoriosos. À sua frente estão apenas o francês Sébastien Loeb, com 950 triunfos, o finlandês Markku Alen (834) e o espanhol Carlos Sainz (757).
No entanto, Neuville viria a recuperar o comando na derradeira especial, quando todos já tinham montado os faróis nas frentes dos carros, podendo vir a somar os 18 pontos correspondentes ao líder do rali no final de sábado, de acordo com o novo sistema de pontuação que entrou este ano em vigor.
Contudo, os pontos só se tornam efetivos se Neuville terminar a prova no domingo.
“É difícil fazer melhor do que isto. A última especial foi perfeita do início ao fim. Percebi logo que o tempo era ótimo. Saímos de manhã na terceira posição com o objetivo de reduzir a desvantagem, mas não esperávamos estar na frente tão depressa”, comentou Thierry Neuville.
Com três especiais por disputar, incluindo o Col du Turini, o belga sabe que tem de ser “inteligente” para garantir a vitória e “o máximo de pontuação”.
No entanto, terá a oposição de Ogier. “Falta só puxar mais um pouco”, dizia o francês.
O estónio Ott Tänak (Hyundai i20) é o quarto classificado, já a 1.46,9 minutos, com o francês Adrien Fourmaux (Ford Puma) em quinto, a 2.54 minutos.
Para o último dia estão previstas três especiais, com um total de 52,12 quilómetros cronometrados.