Fomos melhores nos 90 e nos 120, mas podíamos ter tido mais oportunidades com essa posse de bola. Melhorámos claramente no lado exibicional, mas certo é que não vencemos, porque não marcámos. Bastava um golo, em qualquer momento do jogo, para termos vencido.
O Everton pediu para sair e tivemos falta desse segundo avançado, o que seria ainda mais útil com a vantagem numérica. Tivemos que arranjar alternativas, com a entrada do Ghazaryan e a do Ricardo (Valente).
Tentámos de diversas formas, através de jogo exterior, de remates à entrada da área. O Cova da Piedade fechou-se bem, tem uma equipa muito alta e conseguiu controlar os cruzamentos e praticamente defendeu.
O anormal aqui foi termos sido inferiores nos penáltis, porque fomos melhores nos 90 e nos 120 minutos e, curiosamente, quem falhou são os nossos dois melhores batedores (Rodrigo Pinho e Ghazaryan).
Não estamos contentes, mas não há outra forma que não seja trabalhar, incentivar e perceber o que fizemos, analisar e corrigir. Não vou fugir a esta orientação que tivemos, temos e que vamos continuar a ter.
O que eu espero é que o grupo de trabalho perceba que tem de dar ainda mais qualquer coisa. Parece que viemos de um ciclo negativo. Nos últimos quatro jogos do campeonato, fizemos oito pontos."
Bruno Ribeiro (treinador do Cova da Piedade): "Foi um jogo muito difícil para nós. Tivemos um jogo no domingo e pouco tempo de recuperação. Sei que os jogadores não estão preparados para fazerem três jogos por semana neste momento. Mudámos sete jogadores, mas tenho um grupo fantástico.
Eles têm tido uma (grande) atitude desde que entrei e hoje demonstraram isso. Prolongamento com menos um (expulsão de Willyan), menos dois, que o Pedro (Carneiro) praticamente não jogou porque estava com muitas queixas.
Eles tiveram uma atitude fantástica e merecem ter passado esta eliminatória. Esta é a atitude que têm de ter em todos os jogos e melhorar nos aspetos que temos melhorado aos poucos.
Não vi. Nunca gosto de ver as grandes penalidades. Já na semana passada, marcámos quando faltava dez minutos e eu também fui para o balneário. Sabia que os meus jogadores estavam preparados para isso.
Eles estão preparados. É um grupo fantástico que tenho à minha frente. É um orgulho ser o líder deles.
Não ganhámos nada. Temos muito para trabalhar e isso é importante. Vamos começar a pensar no próximo jogo do campeonato porque queremos subir alguns lugares na tabela.
É mais um momento histórico para o clube. Gostava de jogar em casa (na próxima eliminatória) para dar um presente aos nossos adeptos, que têm sido fantásticos desde que cheguei. De preferência em casa. A partir daí, venha quem vier."
C/ LUSA