António Costa explicou que o reinício da I Liga, na qual faltam disputar 10 jornadas, bem como a realização da final da Taça de Portugal, será feita "sem público presencial dentro dos estádios" e está ainda sujeita a aprovação de um plano.
Este documento que elenca "os protocolos sanitários" necessários foi apresentado ao Governo pela Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), adiantou Costa, e terá de ser aprovado "pela DGS".
"[O regresso] Está ainda condicionado à avaliação de que estádios cumprem todas as condições indispensáveis a que essa atividade seja retomada", reforçou o Primeiro-ministro.
Costa precisou que o reinício do futebol profissional está limitado ao principal escalão.
"Só para a I Liga havia condições, e muito limitadas, de poder permitir a reabertura da atividade desportiva, e em condições muito limitadas, com base num protocolo que a LPFP preparou e que a DGS está a avaliar, tendo em vista a especificidade da atividade", frisou.
O Primeiro-ministro justificou este possível agendamento com as condições médicas dos clubes e com a robustez dos protagonistas.
"Também tendo em conta que a medicina no trabalho daqueles profissionais é seguramente das mais qualificadas e exigente, e são pela sua atividade pessoas, quer pela idade quer pela condição física, de baixo risco", salientou.
Na terça-feira, o Governo reuniu-se com a LPFP, a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e os presidentes de Benfica, FC Porto e Sporting, com vista à definição de uma estratégia para a retoma da atividade.
O plano, hoje anunciado no âmbito das medidas de desconfinamento aprovadas hoje em Conselho de Ministros, inclui ainda a prática de desportos individuais ao ar livre, ainda que não em competição e sem a utilização de balneários ou piscinas, já a partir de segunda-feira.
A I Liga, liderada pelo FC Porto com um ponto de vantagem sobre o campeão Benfica, foi suspensa em 12 de março, após 24 jornadas, vai regressar a partir de 30 e 31 de maio, assim como a final da Taça de Portugal, entre ‘dragões’ e ‘águias’.
O mesmo não se aplica à II Liga, não contemplada pelas medidas, tendo em lugares de subida, à data da suspensão, Nacional, com 50 pontos, e Farense, com 48.