Esta possibilidade foi implementada para "evitar problemas relativos aos futebolistas desempregados", assinalou a FIFA, num documento que publicou no seu ‘site’ e que amplia as alterações regulatórias motivadas pelo impacto do novo Coronavírus e que tinham definidas no início de abril.
Outra das mudanças prende-se com a flexibilidade para que as federações de cada país planifiquem o seu calendário competitivo, e nos casos em que as temporadas se estendem por duas épocas diferentes, como é o caso de Portugal, podem iniciar o primeiro período de inscrição de jogadores relativamente à próxima época (2020/2021) antes de terminar a atual temporada (2019/2020), desde que cumpram determinadas normas.
A entidade que rege o futebol sublinhou que o objetivo desta medida é, acima de tudo, "dar prioridade a que os clubes terminem a temporada de 2019/2020 com os seus plantéis originais".
Por outro lado, para "mitigar o impacto económico das partes envolvidas em disputas perante a FIFA, no caso das reclamações apresentadas entre 10 de junho e 30 de dezembro de 2020, não será requerido o pagamento antecipado dos processos e não serão aplicadas custas processuais", adiantou.
A FIFA revelou que, desde que tinha publicado em 07 de abril um conjunto de recomendações e diretrizes sobre algumas das matérias regulatórias relativas ao futebol por causa da Covid-19, organizou 13 seminários com mais de 350 representantes das federações, das confederações, do Fórum Mundial de Ligas, e da Associação de Clubes Europeus.
Após o debate no grupo de trabalho que ficou encarregue desta matéria, presidido pelo presidente da CONCACAF, o canadiano Vittorio Montagliani, e que contou com representantes das várias entidades acima mencionadas, a FIFA aprovou estas medidas transitórias, que também abrangem os assuntos relacionados com os prazos dos contratos laborais (válidos até ao final da presente temporada) e aos novos contratos (já assinados e que são válidos no início da próxima época).
A pandemia de Covid-19 já provocou mais de 416 mil mortos e infetou mais de 7,3 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo o balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 1.504 pessoas das 35.910 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde (DGS).
C/Lusa