Num estudo que analisa uma amostra de 10 campeonatos entre 55, entre os quais o português e os ‘big-5’ (Alemanha, Inglaterra, Itália, França e Espanha), a ECA prevê que, apesar de sete destes terem recomeçado, em 2019/20 as perdas sejam de 1,6 mil milhões de euros.
Na próxima temporada, mesmo que esta seja jogada na sua totalidade, as perdas poderão atingir os 2,4 mil milhões de euros, num estudo que não tem em conta o mercado de transferências.
"Estes resultados mostram que o impacto financeiro da Covid-19 nos clubes europeus é um choque sísmico", disse o diretor executivo da ECA, Charlie Marshall.
Com os jogos à porta fechada, a ECA prevê que esta temporada os clubes percam 400 milhões de euros em bilheteira, um valor que deverá chegar aos 1,1 mil milhões em 2020/21.
"O impacto financeiro não para quando o jogo recomeçou. Vai continuar na próxima temporada e temos de tomar medidas para criar uma indústria do futebol mais sustentável para o futuro", refere Marshall.
Normalmente, os clubes gastam 60% dos seus rendimentos em salários, um valor que pode atingir os 76% nas ligas fora das ‘big-5’ na próxima temporada.
Para Marshall, o próximo mercado de transferência vai dar uma ideia "do estado da saúde do futebol".
Após a declaração de pandemia, em 11 de março, as competições desportivas de quase todas as modalidades foram disputadas sem público, suspensas, adiadas – Jogos Olímpicos Tóquio2020, Euro2020 e Copa América – ou mesmo canceladas.
Na Europa, alguns campeonatos foram cancelados, como o francês e o holandês, mas Espanha, Itália, Alemanha, Inglaterra e Portugal, entre outros, retomaram a competição.