Carlos Pereira foi hoje reeleito presidente da SAD do Marítimo para o quadriénio 2019/22, por aclamação e apenas com um voto de abstenção, numa em Assembleia Geral (AG) em que esteve representado 97,4% do capital.
"[Foi] uma eleição tranquila em que elegeu até 2022 os órgãos sociais do Marítimo SAD. Os órgãos sociais foram eleitos por 99,95% do capital presente, por aclamação, sem votos contra e com uma abstenção, que representa 0,05% do capital", anunciou aos jornalistas Luís Miguel Sousa, presidente da AG.
Os órgãos sociais mantêm-se intactos, numa "eleição de continuidade", essencial para que os projetos de longo prazo sejam "estabilizados", entre os quais a conclusão do Estádio do Marítimo, uma "grande responsabilidade", mas do clube, que detém 91% do capital social da SAD.
O capital presente na assembleia foi de 97,4%, o que reflete, de acordo com Luís Miguel Sousa, o "interesse no acompanhamento do desempenho da SAD" e também a "dimensão" do clube, com destaque para o secretário Regional da Educação, Jorge Carvalho, que compareceu a representar a participação pública, "2% do capital do Marítimo".
A época desportiva tem sido muito falada, mas não pelas melhores razões, pois o clube madeirense tem estado perto da zona de despromoção e Luís Miguel Sousa compreende o descontentamento, prometendo empenho para melhorias, mesmo que tenha deixado claro que Carlos Pereira não vai "hipotecar o futuro do Marítimo pelos resultados desportivos de hoje".
"Há um grande empenho por parte da direção em conseguir estabilizar a equipa de forma a que os resultados possam voltar a aparecer. Não podemos achar que o Marítimo vai disputar os quatro ou cinco primeiros lugares. Não temos nem vamos ter orçamento para isso, mas vamos ter sempre o Marítimo a tentar fazer as melhores prestações com os recursos que temos e que nunca podem ser esquecidos", assegurou.
O voto de abstenção também mereceu comentários por parte do presidente da AG, que defende que "todas as pessoas têm o direito de manifestarem a sua opinião" nas assembleias e que as discussões são "normais".
"A participação dos acionistas é importante, portanto, nós temos de estimular isso. Isto não são eleições da Coreia do Norte. Ninguém agrada a todos, como é óbvio. Não sei se a motivação da abstenção é por não agradar ou se é uma chamada de atenção de um acionista face aos resultados desportivos. A motivação, seja qual for, é bem-vinda", garantiu.
A tomada de posse foi feita logo após a eleição, com Carlos Pereira, que já havia feito uma apresentação antes da votação, a voltar a falar antes do final da AG, já na posição de presidente eleito para o novo mandato.
LUSA