O documento assinado no sábado pelas federações de Portugal, Espanha e Marrocos foi dado aos responsáveis da FIFA que acompanharão o processo de candidatura ao Mundial 2030, refere a Federação Portuguesa de Futebol (FPF).
A entrega do documento ocorre dois dias após os presidentes das federações portuguesa (FPF), Fernando Gomes, espanhola (RFEF), Pedro Rocha, e marroquina (FRMF), Fouzi Lekjaa, terem formalizado a sua assinatura, numa cerimónia realizada no Complexo Mohammed VI, em Rabat.
A apresentação da carta oficial de intenção foi o primeiro passo formal para a candidatura conjunta de Portugal, Espanha e Marrocos, que juntará pela primeira vez países de dois continentes e já tinha sido declarada como a única elegível pela FIFA em 4 de outubro.
O Mundial de 2030 será repartido de forma inédita por seis países, uma vez que vai promover a disputa de três encontros na Argentina, Paraguai e Uruguai, por forma a comemorar o centenário da prova, cuja edição inaugural foi cumprida em território uruguaio, em 1930.
Até agora, a única organização conjunta de um Campeonato do Mundo foi efetuada por Coreia do Sul e Japão, em 2002, sendo que a próxima edição, que está agendada para 2026, vai ser a primeira a envolver três países, entre Canadá, México e Estados Unidos.
O Estádio da Luz, com uma capacidade a rondar os 65 mil espetadores, e o Estádio José Alvalade, ambos em Lisboa, e o Estádio do Dragão, no Porto, estes dois com aproximadamente 50 mil lugares, são os únicos recintos nacionais que correspondem às exigências da FIFA para acolher jogos de Mundiais.
Portugal estreia-se na organização de Mundiais, após já ter recebido o Europeu de 2004, enquanto a Espanha organizou o Euro1964 e o Mundial1982, e Marrocos acolheu unicamente a Taça das Nações Africanas (CAN) em 1988, condição que irá repetir 2025.