O CAB conquistou a Taça Victor Hugo ao derrotar, na final, a formação do Vagos pelo resultado de 58-41. O troféu, que fugia à equipa madeirense desde a época 2008/2009, é primeiro título da época para as Amigas e recompensa, com toda a justiça, a prestação positiva e empenhada que as madeirenses tiveram em todos os jogos que disputaram até levantar o almejado troféu.
Ao contrário dos outros jogos realizados no âmbito da competição, a final da Taça Victor Hugo foi jogada de acordo com os trâmites de um jogo de basquetebol normal, com quatro períodos de 10 minutos.
O jogo começou com grande equilíbrio, e, com 5 minutos de jogo, o resultado era de 6-5 a favor do CAB. Se, por um lado, as madeirenses estavam a apostar no ataque mais organizado, o Vagos tentava explorar a velocidade, as saídas rápidas em contra-ataque e o lançamento de longa distância, capítulo no qual estava a ser eficaz.
Nos minutos que se seguiram, as continentais estiveram melhores que as madeirenses e fizeram uma exploração mais eficaz dos seus argumentos. Destaque para a inspiração que o Vagos estava a denotar no lançamento de longa distância, factor que, no primeiro tempo, fez a diferença e que permitiu àquela equipa chegar ao final dos primeiros 10 minutos a ganhar por 15-21.
No segundo tempo, entrou melhor o CAB, que, com 3 minutos de jogo, não só tinha impedido qualquer ponto das adversárias como também tinha empatado o jogo a 21-21. De notar que, nesta fase do encontro, as duas equipas apresentavam-se em campo apenas com jogadoras portuguesas.
No tempo que se seguiu, o CAB tentou construir alguma ascendência, mas o Vagos não desarmou e manteve-se a par das madeirenses. Mesmo assim, quando o intervalo chegou, o CAB já tinha anulado a vantagem que as continentais tinham no final do primeiro período e estavam na frente pelo resultado de 30-28.
Nas Amigas, Filipa Bernardeco (5) e Catarina Miranda (5) eram as melhores marcadoras. Já no Vagos, a mais certeira era Joana Canastra (15). De realçar, também, os 10 ressaltos conquistados na primeira parte por Simona Podesvova, que dominava a lista das melhores ressaltadoras.
Segunda parte de esforço e mérito
Depois do intervalo, o equilíbrio continuou a ser a nota dominante na partida, com nenhuma equipa a construir uma vantagem expressiva no marcador. Mesmo assim, o CAB estava a conseguir preservar uma ligeira vantagem pontual, e, a meio do terceiro tempo, ganhava por 41-32, fruto de um maior acerto nos lançamentos, assim como de um grande espírito colectivo, especialmente nas tarefas defensivas.
Para travar o CAB, o Vagos mudou a sua defesa para uma zona e, no ataque, foi em busca das jogadoras que lhe davam mais garantias de pontos. O CAB lutou muito e com muita determinação para não ceder e conseguiu chegar ao fim do terceiro tempo na frente por 45-35.
No último período, o CAB entrou melhor e colocou o marcador em 48-35, com 3 minutos decorridos no tempo. O Vagos não desarmava, exigindo das Amigas a sua melhor versão para manter a sua vantagem pontual e evitar qualquer surpresa menos agradável.
Mantendo, até ao fim, muita concentração e determinação, quer no ataque quer na defesa, as Amigas garantiam a vitória no encontro por 58-41 e venceram o troféu com toda a justiça, especialmente devido ao grande espírito colectivo que demonstraram em todos os jogos, revelando que estão a construi um equipa sólida e coesa.
Em termos individuais: Filipa Bernardeco (6), Cíntia França (2), Vitória Pacheco (6), Marquelle Dent (9), Ines Ajanovic (8), Rosinha Rosário (8), Catarina Miranda (11), Simona Podesvova (8), Marta Bravo e Catarina Freitas.