Contra todas as expectativas, os ‘red devils’, que eram os ‘outsiders’, bateram o campeão City, que teve Bernardo Silva a titular e Matheus Nunes e Rúben Dias sem saírem do banco, num jogo que teve como heróis os ‘miúdos’ Garnacho e Mainoo.
Com o campeão sem ideias, muita posse, mas também muita previsibilidade, o Manchester United começou a colocar as ‘mãos’ na Taça ainda na primeira parte, com golos dos ‘adolescentes’ Garnacho, aos 30, e Mainoo, aos 39.
O primeiro aproveitou um erro tremendo entre Gvardiol e Ortega, com o guarda-redes a sair de forma extemporânea da baliza e o defesa a colocar a bola por cima, e Garnacho, com a baliza aberta, abriu o marcador.
Alejandro Garnacho foi o terceiro adolescente (19 anos) a marcar numa final da Taça de Inglaterra, depois de Norman Whiteside, em 1983, e Cristiano Ronaldo, em 2004.
O golo de Mainoo, também de 19 anos e nove minutos depois, a passe de Bruno Fernandes, teve pela primeira vez uma final da ‘FA Cup’ dois adolescentes a marcarem, algo inédito na longa história das finais da competição.
Com muita posse de bola, a atingir os 73% ao intervalo, a equipa de Pep Guardiola, que não perdia há 35 jogos – tendo a eliminação diante do Real Madrid sido nas grandes penalidades -, foi previsível e deu uma parte de avanço.
A vencer, o United soube unir linhas para manter a baliza a zeros, embora na segunda metade, sobretudo com a entrada do belga Doku e do argentino Julian Alvarez, para os lugares de Kovacic e De Bruyne, o City tenha sido muito mais perigoso.
Erling Haaland ainda atirou com estrondo a bola à barra, aos 55 minutos, e Kyle Walker testou por duas vezes os reflexos de Onana, com remates de fora, aos 59 e 77, mas seria Doku a tentar relançar o jogo com o 2-1, aos 87 minutos.
O belga foi o principal ‘agitador’ no ataque dos ‘citizens’, com Haaland muito ‘apertado’ e Bernardo Silva e Phil Foden sem soluções, e foi ele a fletir da esquerda, num movimento a puxar para dentro e a bater Onana.
Apesar dos sete minutos de descontos, o Manchester United, que ainda cerrou fileiras com Lindelof e Mason Mount e já depois de ter colocado Hojlund a esticar o jogo, segurou a vantagem e, contra todas as previsões, reclamou o troféu.
Foi o médio internacional português Bruno Fernandes, o capitão dos ‘red devils’, o primeiro a erguer o troféu, num estádio de Wembley que contou com cerca de 85.000 espetadores, divididos entre azuis e vermelhos.