Cristiano Ronaldo ‘subiu’ pela 11.ª vez ao pódio da Bola de Ouro, o oitavo consecutivo, embora tenha visto o croata Luka Modric impedi-lo de conquistar o terceiro galardão consecutivo.
Depois de ter vencido o prémio para melhor jogador do ano entregue pela revista francesa France Football nos dois últimos anos, o português, atualmente na Juventus, foi relegado para a segunda posição pelo antigo colega no Real Madrid.
Ronaldo, que procurava o sexto galardão – que entre 2010 e 2015 foi entregue numa parceria com a FIFA -, ficou mesmo assim pela 11.ª vez nos três primeiros lugares, conseguindo a 12.ª presença consecutiva no ‘top-10’.
Desde que foi segundo classificado, em 2007, então atrás do brasileiro Kaká, não mais o capitão da seleção portuguesa de futebol falhou os 10 melhores, somando cinco troféus e agora seis outros segundos lugares.
Apenas uma vez, em 2010, Ronaldo falhou a presença no pódio, quando ficou na sexta posição.
O jogador, formado no Sporting e com passagens pelo Manchester United e pelo Real Madrid, ganhou em 2008, 2013, 2014, 2016 e 2017 e foi segundo em 2007, 2009, 2011, 2012 e 2015, nas últimas quatro ocasiões batido pelo argentino Lionel Messi, que somou há dois anos o quinto galardão.
Entre os futebolistas lusos, Cristiano Ronaldo, nascido na Madeira em 5 de fevereiro de 1985 (33 anos), já é, de muito longe, o melhor, ao somar cinco títulos, contra apenas um do ‘rei’ Eusébio e outro de Figo.
O então jogador do Benfica ganhou em 1965, quando só os jogadores europeus eram elegíveis, enquanto Figo venceu em 2000, na transição do FC Barcelona para o Real Madrid e numa altura em que o prémio já tinha sido aberto a todos os jogadores que evoluíam em equipas europeias.
Ao nível de presenças no ‘top 10’, Ronaldo tem agora mais quatro do que Eusébio, que terminou a carreira com oito, entre 1962 e 1973. Ainda foi pontuado mais três vezes, para um total de 11.
Além do triunfo de 1965, o ‘Pantera Negra’ somou dois segundos lugares, em 1962 e 1966 – ano em que perdeu por um ponto para o inglês Bobby Charlton -, um quarto (1964), dois quintos (63 e 67), um sétimo (73) e um oitavo (68).
Por seu lado, Figo ostenta três presenças entre os melhores, já que foi quinto em 1999, como jogador do ‘Barça’, e, já ‘merengue’, sexto em 2001, ano em que foi eleito o jogador do ano da FIFA.
Entre os jogadores portugueses, outro esteve muito perto de vencer o troféu: em 1987, ano em que ajudou o FC Porto a sagrar-se campeão europeu e rumou ao Atlético de Madrid, Paulo Futre foi segundo, a 15 pontos do holandês Ruud Gullit.
Por seu lado, o internacional luso Deco também conquistou, em nome de Portugal, um segundo lugar, em 2004, curiosamente também no ano em que saiu do FC Porto campeão da Europa para Espanha, no seu caso para o FC Barcelona.
Nas contas finais de 2004, ano em que também chegou à final do Europeu, com a seleção lusa, somou menos 26 pontos do que o ucraniano Andrei Shevchenko.
Na história da Bola de Ouro, mais cinco internacionais portugueses conquistaram lugares no ‘top 10’, com destaque para Fernando Chalana, quinto em 1984, depois do brilharete luso no Europeu, que lhe valeu a troca ‘milionária’ do Benfica para o Bordéus.
Por seu lado, Ricardo Carvalho foi nono em 2004, na transição entre FC Porto e Chelsea, e Pepe repetiu a posição em 2016, ao sagrar-se campeão europeu por Portugal e pelo Real Madrid, enquanto os malogrados benfiquistas José Águas e José Torres fecharam os 10 melhores em 1961 e 66, respetivamente.
LUSA