A sétima edição do Festival de Órgão da Madeira, um evento organizado pela Secretaria Regional da Economia, Turismo e Cultura, através da Direção Regional da Cultura, chega amanhã ao fim com dois programas que prometem encerrar esta edição do festival com chave de ouro.
O primeiro momento acontece a parur das 12 horas, no âmbito da missa dominical da Igreja do Colégio. Nesta ocasião, o público terá a oportunidade de assistir à repetição de parte do programa do concerto da última terça-feira com a interpretação de temas da Missa Solene de Louis Vierne. Para tal, João Vaz assume o comando do grande órgão do Colégio e Halyna Stetsenko, do órgão de coro para, juntamente com o Coro de Câmara da Madeira, sob direção de Zélia Gomes, interpretarem a Missa Solene de Vierne, desta vez integrada no contexto para o qual foi originalmente intencionada.
Já a partir das 18 horas, na Igreja do Convento de Santa Clara, João Vaz e a Capella Patriarchal homenageiam António Carreira e Frei António Carreira. Recorde-se que no final do século XVI, a música de órgão começa a emancipar-se da polifonia vocal, assumindo um carácter mais especificamente instrumental. Em Portugal é António Carreira que dá este passo. As suas peças destacam-se do panorama teclístico da época pela sua inventiva e concisão temática. Simultaneamente, as suas obras vocais e as do seu filho, Frei António Carreira, afirmam-se como obras primas da polifonia portuguesa tardo-quinhentista.
Ontem, foi a vez da Igreja de São Martinho receber um concerto que juntou dois instrumentos: o órgão (João Vaz) e o corneto (Tiago Simas Freire). Esta noite, a partir das 21h30, ainda há um outro concerto, desta vez na Igreja de Nossa Senhora da Conceição. A noite será dedicada à Música nos Conventos Espanhóis do Barroco”, com o organista espanhol Jesús Gonzálo López, que na última quarta-feira já esteve na Igreja e Recolhimento do Bom Jesus, a mostrar uma vez mais, a sua mestria.