De acordo com os dados divulgados hoje pelo Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA), em setembro as salas de cinema somaram 944.267 espectadores e 5,6 milhões de euros de receita de bilheteira, valores que se traduzem num crescimento de 44,3% e 51,0%, respetivamente, face a igual período do ano passado.
Comparando com os restantes meses de 2023, setembro desce, porém, a ‘meio da tabela’ do ano, tanto em número de espectadores como em receita de bilheteira, depois dos números verificados em julho, com 1,7 milhões de entradas e 10,5 milhões de euros de receita, e em agosto, com 1,4 milhões de bilhetes vendidos e receitas de 8,9 milhões de euros.
Setembro fica igualmente atrás dos meses de abril, com 998 mil espectadores, e junho, com 982 mil entradas, para receitas na casa dos 5,7 milhões de euros, em cada um destes dois meses.
No total deste ano, entre janeiro e setembro, as salas de cinema totalizaram 57,2 milhões de euros de receita, ou seja, mais 18,6 milhões de euros do que no período homólogo de 2022, numa variação positiva de 48,3%. Em termos de assistência em sala, nos primeiros nove meses deste ano, os valores subiram 41,4%, passando de 6,7 milhões de espectadores para perto de 9,6 milhões.
Os números acumulados de janeiro a setembro deste ano, encontram-se, no entanto, ainda aquém dos primeiros nove meses de 2019, o ano anterior à pandemia, quando houve 11,5 milhões de espectadores de cinema, para uma receita de 61,3 milhões de euros.
No passado mês de setembro, “Barbie”, de Greta Gerwig, manteve-se como o filme mais visto, acumulando 888.122 espectadores, à frente de “Velocidade Furiosa X”, de Louis Leterrier, o segundo mais visto, com 690.302 espectadores, que liderava a lista, em julho.
Os três filmes mais vistos este ano nas salas portuguesas, até ao último dia de setembro, foram “Barbie”, “Velocidade Furiosa X” e “Oppenheimer”, de Christopher Nolan (540.153 espectadores), todos distribuídos pela empresa Cinemundo, o que a coloca na liderança do mercado português da distribuição cinematográfica em receitas e audiência, desde agosto, destronando a NOS Lusomundo Audiovisuais, líder histórico do mercado.
Tendo em conta os valores divulgados pelo ICA, em setembro, a Cinemundo, que distribui os catálogos da Warner Bros e da Universal Pictures, detinha 44,3% do mercado da distribuição em termos de receita bruta (25,2 milhões de euros) e a NOS Lusomundo Audiovisuais 38,9% (22,18 milhões).
Em conjunto, estas duas distribuidoras detêm uma quota de mercado superior a 83%, em termos de receitas e número de espectadores.
Em setembro, o filme português mais visto nos cinemas foi “Pôr do sol: O mistério do colar de São Cajó”, de Manuel Pureza, à semelhança de agosto, acumulando agora 116.417 espectadores e cerca de 686 mil euros de receita.
Lusa