O director artístico da Orquestra Clássicada da Madeira diz que o tempo não está para grandes festejos.
E mesmo sem colocar totalmente de parte, para já, a realização do concerto no dia do aniversário, acredita que o mais certo, é que o mesmo só possa acontecer numa data posterior.
A Orquestra Clássica da Madeira acompanhou, em parte, a forma como o mundo das artes, e da música em particular, se reinventou durante a pandemia, mas Norberto Gomes explica que um projecto com esta dimensão, que precisa de reunir dezenas de músicos em simultâneo, é mais difícil de chegar à população através de plataformas alternativas.
Não só pelos custos que isso acarreta, mas acima de tudo pela segurança dos próprios executantes.
No fundo, há uma espécie de comparação com aquilo que muito se tem falado do ensino à distância e dos efeitos que isso pode ter nos alunos.
Ouvir uma orquestra, é quase a mesma coisa. Precisa da componente presencial, da envolvência, da vibração que invade o público
Para já, não há previsão de datas para o regresso às salas de espectáculo, e mesmo os ensaios estritamente essenciais para a manutenção das dinâmicas e rotinas da orquestra, estão a ser feitos em salas de grandes dimensões cedidas pelo Grupo Pestana, de maneira a garantir o necessário distanciamento entre executantes, nomeadamente os dos instrumentos de sopro que têm de estar a mais de dois metros uns dos outros.