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Imagem de Obras de madeirense integradas nas Bibliotecas de Lisboa
Cultura 24 abr, 2021, 16:22

Obras de madeirense integradas nas Bibliotecas de Lisboa

A biblioteca pessoal de Herberto Helder, composta por cerca de oito mil volumes, vai ser incorporada na Rede de Bibliotecas Municipais de Lisboa, no âmbito de um acordo assinado na sexta-feria, Dia Mundial do Livro, anunciou a autarquia lisboeta.

A biblioteca pessoal de Herberto Helder (1930-2015) passará assim a estar disponível para consulta aos utentes da rede de Bibliotecas Municipais de Lisboa (BLX), informou em comunicado a Câmara Municipal, que assinou hoje o acordo com a família do poeta.

O acervo, que inclui traduções do próprio Herberto Helder, ficará localizado na Biblioteca Palácio Galveias, numa sala que terá o nome daquele que é considerado, por muitos, o maior nome da poesia portuguesa da segunda metade do século XX.

Herberto Helder, que a investigação literária e os seus pares colocam entre os maiores poetas da língua portuguesa, nasceu no Funchal, em 1930, e morreu em Cascais, aos 84 anos, em março de 2015.

Na altura, o presidente da Associação Portuguesa de Autores, José Manuel Mendes, referiu-se ao poeta como o criador "da obra mais fulgurante em Portugal".

O escritor Manuel Alegre considerou-o "um dos maiores poetas de todos os tempos".

O crítico Pedro Mexia identificou-lhe uma apropriação da palavra sem desconfianças, ironias ou cinismos e considerou-o, por essa força verbal, o maior poeta da segunda metade do século XX, tal como Fernando Pessoa o foi, na primeira.

Herberto Helder, que deu a última entrevista em 1968, recusou o Prémio Pessoa, em 1994 ("Não digam a ninguém e deem o prémio a outro", disse ao júri), e editou o livro "A Morte sem Mestre", em 2014, foi "um mestre" para outros escritores, como o poeta Nuno Júdice admitiu.

Foi um "poeta tão diferente, tão vulcânico" que mostrou "tudo o que é mágico e inexplicável na poesia”, afirmou o professor e poeta Fernando Pinto do Amaral.

Herberto frequentou a licenciatura de Direito, na Universidade de Coimbra, que trocou por Filologia Românica, que deixou ao fim de três anos. Colaborou em periódicos como A Briosa, Renhau-nhau, Búzio, Folhas de Poesia, Graal, Cadernos do Meio-dia, Pirâmide, Távola Redonda e Jornal de Letras, Artes & Ideias.

No final dos anos de 1960, foi diretor literário da editorial Estampa.

Em 1971, partiu para África, onde realizou uma série de reportagens para a revista Notícias.

Na altura, Herberto somava já perto de década e meia de atividade literária, desde a publicação dos primeiros poemas (1953/1954) e do primeiro livro, "O Amor em Visita" (1958). A sua bibliografia contava então com obras como "A Colher na Boca" (1961), "Os Passos em Volta" (1963), "Húmus" e "Retrato em Movimento" (1967), "O Bebedor Nocturno" (1968), além da primeira recolha, "Ofício Cantante 1953-1963".

Entre os seus livros posteriores contam-se "Poemacto", "A Cabeça Entre as Mãos", "As Magias", "Última Ciência", "A Faca Não Corta o Fogo – Súmula & Inédita", "Servidões", "Poemas Canhotos".

Traduziu – ou mudou para português, como preferia dizer – poemas de autores como Antonín Artaud, Edgar Allan Poe, Herman Hesse, Henri Michaux, Malcolm Lowry, Marina Tsvetaieva, Stéphane Mallarmé, Zbigniew Herbert, assim como dos índios Caxinauás, do Amazonas, e dos povos Maias, Quíchuas e Astecas.

Organizou a antologia das “vozes comunicantes da poesia moderna portuguesa”, em “Edoi Lélia Doura”, congregando, num só volume, obras de autores como Gomes Leal, Ângelo Lima e Fernando Pessoa, António José Forte, Luiza Neto Jorge e António Gancho, sem esquecer Vitorino Nemésio, Natália Correia, Mário Cesariny, António Maria Lisboa e Ernesto Sampaio.

Em 2016, surgiu "Letra Aberta", livro de inéditos recolhidos nos cadernos do escritor. Neles, elogia a "beleza sem gramática" e o "ferocíssimo esplendor" do poema.

Em maio do ano passado, a Porto Editora reeditou "Apresentação do Rosto", um chamado "autorretrato romanceado" de Herberto Helder, publicado em 1968, que esteve fora das livrarias durante 52 anos.

Publicada pela Ulisseia, a edição original foi rapidamente apreendida pela PIDE, a polícia política da ditadura, que destruiu os quase 1.500 exemplares impressos. A obra não voltou a ser editada.

O despacho de proibição, datado de 22 de julho de 1968, descreve-a como "autobiografia do autor, que é de índole esquerdista, escrita em linguagem surreal e hermética, que como obra literária não mereceria qualquer reparo, se não apresentasse passagens de grande obscenidade".

"Apresentação do Rosto", no entanto, foi continuamente alvo de estudos literários, de análise, de teses de mestrado e doutoramento, motivando múltiplas abordagens, como o livro "Uma Espécie de Crime – Apresentação do Rosto de Herberto Helder", de Manuel de Freitas (&etc. 2001).

C/Lusa 

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