O júri do concurso decidiu distinguir a obra desta autora, de 63 anos, nascida em Lisboa, enaltecendo em “O Meu Corpo Humano” “a sua coerência temática e estilística, bem como a ousadia na forma como aborda a experiência do corpo humano nas suas múltiplas dimensões”.
“O Meu Corpo Humano” foi escolhido por um júri composto por Fernando Pinto do Amaral, Helena Vasconcelos, José António Gomes, José Mário Silva e Patrícia Portela.
Maria do Rosário Pedreira, escritora, poetisa e editora, é licenciada em Línguas e Literaturas Modernas, variante de Estudos Franceses e Ingleses, e foi professora durante cinco anos, na década de 1980.
De 1989 a 1998 foi autora da coleção juvenil “Clube das Chaves”, com Maria Teresa Maia Gonzalez, tendo publicado 21 títulos, a que se seguiu a coleção juvenil “Detective Maravilhas”, com 17 volumes, em 2000, como lembra a biografia disponibilizada pela organização do encontro literário que hoje arranca em pleno.
Embora tenha publicado um romance (“Alguns homens, duas mulheres e eu”) e contos dispersos, é sobretudo conhecida como poetisa, tendo publicado quatro livros, compilados na sua “Poesia Reunida”, publicada em 2012 e distinguida com o Prémio da Fundação Inês de Castro.
Maria do Rosário Pedreira tem um blogue dedicado aos livros e à edição, que mantém desde 2010, e escreve regularmente crónicas para a imprensa, algumas delas reunidas no livro “Adeus, Futuro”.
No Correntes d’Escritas, Maria do Rosário Pedreira sucede a Luísa Costa Gomes, que em 2022, com o livro “Afastar-se”, venceu o galardão máximo do festival, que tem um prémio associado de 20 mil euros.
Este encontro de escritores de expressão ibérica, realizado na Póvoa de Varzim, distrito do Porto, vai reunir 98 participantes, tendo agendado uma homenagem ao escrito Mário Rui, a quem é dedicada a revista do certame deste ano.
O festival atribuiu, também, o Prémio Literário Fundação Luís Rainha, que distingue uma obra literária inédita cuja temática seja a Póvoa de Varzim, a Maria da Conceição Braga, com o texto “Brisas”.
O prémio Papelaria Locus, que distingue um conto ou poesia inédita produzida por jovem autor, foi atribuído, este ano, a José Pedro Alves, com a obra “Lençóis”.
Lusa