Partindo da frase do poeta e crítico literário da Inglaterra Vitoriana Matthew Arnold, “Jornalismo é literatura com pressa”, os escritores vão debater essa ideia, numa conversa moderada pela jornalista Maria João Costa, anunciou hoje a organização.
O escritor peruano Daniel Alarcón tem publicada em Portugal “A Rádio da Cidade Perdida” (Publicações Europa-América, 2007), obra com a qual venceu o Prémio PEN EUA, e “À Noite Andamos em Círculos” (Nova Delphi, 2017), finalista do Prémio PEN/Faulkner, nomeado para Melhor Romance do Ano pelo San Francisco Chronicle e pelo Washington Post.
O espanhol Javier Cercas, diversas vezes premiado, tem publicados em Portugal “Soldados de Salamina” e “A Velocidade da Luz” (nas edições Asa), “Anatomia de um Instante” (Publicações D. Quixote), “O Impostor” e “As Leis da Fronteira” (Assírio & Alvim), este último vencedor do Prémio Literário Casino da Póvoa / Correntes d’Escritas 2016, e “O Monarca das Sombras” (na Assírio & Alvim).
Estes dois autores vêm integrar a lista de outros nomes já anunciados pela organização, a associação Eventos Culturais do Atlântico (ECA), que este ano decorre subordinado ao tema “Jornalismo e Literatura – A Palavra que Prende, A Palavra que Liberta”, como Ricardo Araújo Pereira, Clara Ferreira Alves, José Luís Peixoto, Mick Hume, autor de “There Is No Such Thing As a Free Press (and we need one more than ever)”, e Benjamin Moser, especialista em literatura brasileira, que escreveu uma biografia de Cecília Meirelles.
Deste leque de presenças constam também a escritora canadiana de origem neozelandesa Eleanor Catton, a mais jovem autora a receber o Man Booker Prize, e a cantora portuguesa Aldina Duarte que dará um espetáculo no Teatro Municipal Baltasar Dias, no Funchal, intitulado “Quando se ama loucamente”
Outros autores presentes no FLM são a norte-americana de origem croata-iraniana Ottessa Moshfegh (vencedora do Prémio Hemingway/PEN 2016) e a finlandesa Sofi Oksanen (vencedora do Prémio Femina 2010 e do Prémio Nórdico da Academia Sueca 2013).
Na primeira mesa redonda do festival vão estar Esther Mucznik, Frei Bento Domingues e Sheik David Munir, que vão abordar o tema “A vista de Jerusalém é a história do mundo; é mais do que isso; é a história do céu e da terra”, lançado por Benjamin Disreali.
Igualmente com presença confirmada, estão os jornalistas Cândida Pinto, Carlos Fino e Paulo Moura, que participarão numa conversa centrada nas palavras do repórter polaco Ryszard Kapuściński: “O mundo está à espera de uma grande história, de um furo jornalístico, de uma narrativa sensacional escrita debaixo de uma chuva de balas".
O evento é organizado pela associação Eventos Culturais do Atlântico (ECA) e tem como mote “Jornalismo e Literatura – A Palavra que Prende, A Palavra que Liberta”.
O Festival Literário da Madeira tem por objetivo, segundo a organização, a “promoção sociocultural, através do fomento da prática artística e pedagógica, da organização de eventos nacionais e transfronteiriços e do desenvolvimento das novas tecnologias da comunicação e da informação”.
LUSA