Durante 72 anos funcionou como seminário interno, mas dentro de poucos anos deve vir a receber um projeto social de apoio aos idosos. “Este enorme edifício emblemático do Funchal continuará a ter uma função social, agora, segundo os padres Dehonianos, mais virada para a própria comunidade”, começou por explicar José Manuel Rodrigues.
“É intenção do Governo Provincial falar com os órgãos de Governo próprio da Região para que este grande edifício possa ser uma estrutura de apoio ao envelhecimento da população, que traz enormes desafios, quer em termos de lares quer em termos de rede de cuidados continuados”.
O edifício por onde passaram milhares de alunos e onde se formaram muitos padres, que se encontram em missões no estrangeiro e no país, está inserido num prédio com cerca de 6 hectares. O Colégio Missionário pretende abrir portas à comunidade, dando resposta à procura crescente de lares provocada pelo aumento da esperança de vida, derivado das melhores condições de saúde e de vida alcançadas nas últimas décadas.
Já foi feito um levantamento arquitetónico e agora estão a ser sondadas as necessidades sociais, junto dos governantes e das instituições. O objetivo dos Dehonianos é criar um projeto com utilidade social.
“Estão a ser dados os primeiros passos e estou certo que quer o Governo Regional, quer os outros institutos públicos, através das verbas do Programa de Recuperação e Resiliência, não deixarão de apoiar esta belíssima ideia dos Dehonianos, de transformar o Colégio Missionário numa obra social virada para a população mais idosa das ilhas da Madeira e do Porto Santo”, concluiu o Presidente do Parlamento madeirense.
Os Dehonianos estão na Madeira desde 1947. Ao longo dos 75 anos de existência o Colégio Missionário passou por diversas transformações, não apenas no edifício, mas também na organização, estrutura e funcionamento da vida de seminário, que, atualmente, e dadas as novas realidades sociais, funciona em regime de externato. Presentemente o edifício é a residência de oito sacerdotes idosos.