Os dados recolhidos indicam que houve quatro províncias que sofreram danos significativos, nas quais residem cerca de 10 milhões de pessoas.
Entre as províncias, Aleppo, com 4,2 milhões de habitantes, registou prejuízos no valor de 2.300 milhões de dólares (2.166 milhões de euros).
Em Idlib e Latakia, as perdas são de 1,9 mil milhões de dólares (1,789 milhões de euros) e 549 milhões de dólares (517 milhões de euros), respetivamente.
O Banco Mundial alertou que os lucros perdidos devido aos danos causados em infraestruturas e edifícios — nomeadamente em empresas e negócios que deixaram de funcionar – não foram avaliados, referindo que é uma situação que deve ser observada com mais cuidado.
Além disso, o impacto em obras de arte ou conjuntos arquitetónicos protegidos foi excluído do cálculo devido à dificuldade de estimar os danos nesses casos.
O Banco Mundial estimou que 48,5% dos danos tenham afetado edifícios residenciais e outros 33,5% atingiram prédios não residenciais, muitos dos quais são escolas ou centros de saúde.
Os restantes 18% são infraestruturas de transportes, água, eletricidade ou telecomunicações.
"A estas perdas somam-se os anos de destruição, sofrimento e dificuldades que o povo sírio enfrentou nos últimos tempos. Este desastre causará uma queda na atividade económica que afetará ainda mais as perspetivas de crescimento da Síria", lamentou Jean-Christophe Carret, diretor do departamento de Médio Oriente do Banco Mundial.
Desde 2011 a Síria vive em guerra, que já matou meio milhão de pessoas e deslocou vários milhões de habitantes.
A instituição já publicou na passada segunda-feira um memorando semelhante sobre a situação na Turquia, destacando que os prejuízos diretos ascenderam a 34,2 mil milhões de dólares (32,206 mil milhões de euros).
Em 06 de fevereiro, um sismo de magnitude 7,8 na escala de Richter atingiu fortemente o sudeste da Turquia e o norte da Síria. Este tremor oi seguido de várias réplicas, umas das quais de magnitude 7,5.