"Neste momento, está a ser um país destruído, a cada minuto que passa mais vidas são destruídas. É preciso uma alternativa à destruição", afirmou Catarina Martins.
A coordenadora do BE, que falava aos jornalistas à margem da iniciativa que esta tarde reuniu milhares de ucranianos em frente ao Coliseu do Porto, disse ser preciso "defender a Ucrânia", mas também "ter uma alternativa à destruição".
"A Rússia invadiu a Ucrânia. Nada justifica esse ato, é criminoso. É preciso ouvir as partes e é preciso, apoiando a Ucrânia a defender-se, também abrir caminhos diplomáticos que estão a ser pedidos pela própria Ucrânia", assinalou, referindo-se à "conferência de paz" solicitada pelo presidente ucraniano Zelensky.
Questionada sobre o papel da União Europeia, Catarina Martins afirmou que esta "podia ir mais longe", defendendo que a UE ficou "refém dos seus próprios negócios da energia e de interesses vários".
No dia em que passa um ano da invasão da Ucrânia pela Rússia, Catarina Martins recorreu à rede social Twitter para assinalar “um ano de guerra, um ano de barbárie”.
“A urgência é travar a Rússia, garantir o direito do povo ucraniano ao seu país, salvar vidas, construir a paz”, apelou.
Para a líder do BE esta não poder ser uma “paz podre” nem “uma paz de submissão”, mas sim “uma solução de Paz que garanta aos povos tranquilidade e segurança”.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas – 6,5 milhões de deslocados internos e mais de oito milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Neste momento, pelo menos 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão russa – justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
Lusa