Em termos de média anual, em 2022, a taxa de desemprego na RAM foi estimada em 7,0%, valor inferior em 0,9 p.p. face ao ano anterior. Trata-se do valor mais baixo da série iniciada em 2011.
A estimativa da população desempregada, apurada em 9,2 mil pessoas, aumentou 8,3% face ao trimestre homólogo (cerca de 700 pessoas) e 10,3% comparativamente ao trimestre anterior (cerca de 900 pessoas). Para esta variável, a média de 2022 foi igualmente de 9,2 mil pessoas.
A população empregada fixou-se em cerca de 123,2 mil pessoas, aumentando 2,4% em termos homólogos (2,8 mil pessoas) e diminuindo 1,6% em relação ao trimestre precedente (2,0 mil). Da população empregada, 14,3 mil pessoas trabalharam a partir de casa (13,3% das mulheres empregadas e 10,0% dos homens empregados).
A taxa de atividade das pessoas em idade ativa (16 aos 89 anos), no 4.º trimestre de 2022, foi estimada em 60,7%, valor superior ao trimestre homólogo em 1,4 p.p. e inferior em 0,6 p.p. se comparado com o trimestre precedente. A taxa de atividade nas mulheres foi de 55,3%, sendo inferior à dos homens (67,1%) em 11,8 p.p..
A população inativa, estimada em 120,4 mil pessoas, diminuiu 3,3% face ao trimestre homólogo e aumentou 1,0% face ao trimestre anterior.
Em Portugal, a taxa de desemprego no trimestre em análise aumentou para os 6,5%, valor superior em 0,7 p.p. ao do trimestre anterior e em 0,2 p.p. comparativamente ao trimestre homólogo. Em termos de média anual, a taxa situou-se em 6,0% em 2022, o que representa uma quebra de 0,6 p.p. em relação a 2021.
No trimestre em referência, a Área Metropolitana de Lisboa (7,6%), a Região Autónoma da Madeira (6,9%), o Norte (6,8%) e o Algarve (6,3%) apresentam as taxas de desemprego mais elevadas, estando no polo oposto o Centro (5,3%) e a Região Autónoma dos Açores e o Alentejo (ambas 5,5%) com os valores mais baixos. A taxa de desemprego diminuiu em termos trimestrais apenas na Região Autónoma dos Açores (-0,5 p.p.). A Área Metropolitana de Lisboa manteve o mesmo valor do trimestre anterior e o Algarve foi a região a registar o maior aumento trimestral (+1,9 p.p.), seguido do Alentejo (+1,2%).
Em termos homólogos, a taxa de desemprego diminuiu na Região Autónoma dos Açores (-2,7 p.p.), no Algarve (-0,6 p.p.) e no Centro (-0,2 p.p.). Em relação às restantes regiões, a Área Metropolitana de Lisboa manteve o valor do 4.º trimestre de 2021, enquanto o Norte e a Região Autónoma da Madeira registaram um aumento (em ambas as regiões de +0,3 p.p.).
Em termos anuais, em 2022, a taxa de desemprego aumentou apenas na Área Metropolitana de Lisboa (+0,4 p.p.) situando-se em 7,2%. Nas restantes regiões assistiu-se a uma diminuição da taxa face a 2021, sendo a diminuição mais significativa no Algarve (-2,5 p.p. para 5,7%), A Área Metropolitana de Lisboa foi a região que apresentou a taxa mais elevada (7,2%) seguida da Região Autónoma da Madeira (7,0%) e da Região Autónoma dos Açores (6,0%). As regiões do Alentejo (4,8%) e do Centro (5,1%) foram as que apresentaram as taxas mais baixas.