Segundo os dados apurados pela Direção Regional de Estatística da Madeira (DREM) junto das empresas da Região que desenvolvem a atividade da avicultura industrial, no ano de 2022, a produção de ovos foi de 24,7 milhões de unidades, aumentando 6,9% face ao ano anterior. Tendência idêntica foi registada no abate de frango, cujo volume rondou as 3,3 mil toneladas, o que representa um acréscimo de 2,4% comparativamente a 2021.
Por sua vez, no ano em referência, o abate de gado totalizou 1 023,8 toneladas, crescendo 6,2% face ao ano precedente. Este aumento deveu-se ao crescimento observado no abate dos bovinos (+7,1%), já que o abate de suínos registou uma quebra de 6,6%. Registe-se que a espécie que mais contribuiu para o total de gado abatido foi a raça bovina (93,8% do total).
No domínio da pesca, os dados fornecidos pela Direção Regional de Pescas (DRP) mostram que o ano de 2022 caraterizou-se por um decréscimo de 9,2% nas quantidades capturadas de pescado, cifrando-se o total anual em 4,7 mil toneladas. No que se refere ao valor de primeira venda, este subiu 10,5%, com o acumulado anual a rondar os 15,6 milhões de euros.
A evolução nas quantidades resultou fundamentalmente do decréscimo nas capturas de atum e similares (-31,3%), embora as quantidades de chicharro e de outras espécies também tivessem diminuído 6,3% e 12,4%, respetivamente. Já as capturas de peixe-espada preto registaram um aumento de 20,6% relativamente ao ano anterior.
O peixe-espada preto foi a espécie mais abundante em 2022, totalizando 2,3 mil toneladas (48,0% do total de pesca descarregada), seguido do atum e similares, que atingiu um total de 1,9 mil toneladas (40,9%). Em termos de receita na primeira venda, o peixe-espada preto registou um aumento significativo de 34,8% face a 2021, totalizando 7,5 milhões de euros, enquanto o atum e similares diminuiu 7,8%, para um valor de 6,2 milhões de euros.
Em 2022, o preço médio de pescado apurado na primeira venda (excluindo-se nestes cálculos o pescado descarregado destinado a autoconsumo) cresceu 22,3% para 3,37€ (2,75€ em 2021), atingindo no caso do peixe-espada preto os 3,39€ (3,02€ em 2021) e no do atum e similares os 3,26€ (2,43€ em 2021).
Já a produção da aquicultura registou um valor recorde. De acordo com a informação recolhida pela DREM junto das empresas de produção de aquicultura na Região, em 2022, foram produzidas 1 597,4 toneladas de dourada, +2,0% que em 2021. Por sua vez, as vendas ascenderam aos 8,4 milhões de euros, crescendo 9,2% face ao ano anterior. Em ambas as variáveis registaram-se, em 2022, máximos históricos, superando os anteriores valores recorde de 2021.
Por mercados, observa-se que 87,4% do valor de vendas diz respeito ao mercado nacional (Continente e Açores) e apenas 12,4% ao mercado regional.