O grupo tem cerca de 1.350 colaboradores em Portugal, acrescentou Jorge Rebelo de Almeida.
A melhoria das condições aos trabalhadores será uma das grandes apostas do grupo este ano, disse, por seu lado, o administrador Gonçalo Rebelo de Almeida. Uma forma de a empresa, dada a conjuntura de falta de mão de obra no setor, "se tornar mais competitiva", retendo e captando novos trabalhadores.
A par dos aumentos médios de 11% este ano, e da subida do salário mínimo praticado no grupo para 900 euros, serão ainda criadas soluções para apoiar o acesso à habitação e contribuir com outros apoios sociais e incentivos para os seus trabalhadores.
O presidente do grupo ressalvou, no entanto, que "900 euros continua a ser um salário baixo", mas que as medidas que pretendem implementar – para além de se traduzirem numa redistribuição dos resultados alcançados no ano passado – visam reforçar os outros benefícios dados aos colaboradores do grupo, e que incluem já, por exemplo, "férias gratuitas e descontos até 65% nos hotéis (Vila Galé), seguro de saúde, prémios anuais de produtividade, planos de formação contínua ou bolsas de apoio à educação".
O responsável referiu ainda que existem outros incentivos em estudo, como na cultura, sublinhando que o Vila Galé "foi dos primeiros grupos em Portugal a atribuir seguro de saúde aos seus trabalhadores. Foi em 2009, anos de crise também, mas a antever problemas no sistema nacional de saúde, que se vieram a verificar".
Jorge Rebelo de Almeida lembra que face à conjuntura no mercado de trabalho, "quase em pleno emprego", as políticas públicas continuam a ser fulcrais, nomeadamente as que o executivo de António Costa tem levado a cabo para captar trabalhadores estrangeiros. Mas para isso, sublinhou, "têm que se resolver os problemas que o país tem em termos de habitação e de transportes".
"Portugal se não for buscar um milhão de trabalhadores, daqui a 20 anos estamos com um problema gravíssimo", afirmou Jorge Rebelo de Almeida.
Questionado como é a realidade atual do grupo, o administrador Gonçalo Rebelo de Almeida afirmou que 89% dos trabalhadores do grupo são portugueses, sendo que os restantes 11% estão divididos maioritariamente entre brasileiros, cabo-verdianos, ucranianos e depois mais cerca de "outras 20 nacionalidades".
Com 37 hotéis em Portugal e no Brasil, a Vila Galé teve em 2022, segundo Gonçalo Rebelo de Almeida, "um ano excelente", alcançando um volume de negócios de 218 milhões de euros, mais 20% do que em 2019.