O comité que promove o galardão disse que selecionou para o Prémio Internacional Carlos Magno de 2023 Zelensky e os cidadãos ucranianos que estão a ser vítimas da invasão militar russa, pois estão a lutar “não apenas pela soberania da Ucrânia, mas também pela Europa e pelos valores europeus”.
Segundo a agência noticiosa alemã DPA, o comité disse que a entrega do prémio a Zelensky e ao povo ucraniano releva a importância de a Ucrânia ser um país que faz parte da Europa.
O prémio, batizado em homenagem ao sacro imperador romano Carlos Magno, que governou uma grande parte da Europa Ocidental a partir de Aachen, é concedido desde 1950 por serviços prestados à Europa e à unidade europeia.
Os anteriores galardoados vencedores incluem o antigo Presidente dos Estados Unidos Bill Clinton e o Papa Francisco.
Em 2021, o prémio galardoou as líderes da oposição bielorrussa Maria Kalesnikava, Svetlana Tikhanovskaya e Veronica Tsepkalo.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas – 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão russa – justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.755 civis mortos e 10.607 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.