Desde o primeiro minuto que a Espanha se instalou no meio-campo da Costa Rica e impôs o seu futebol apoiado, dinâmico, agressivo com bola, com constantes mudanças de posicionamento, que encostaram o adversário às imediações da sua área, incapaz de recuperar a bola e sair a jogar.
Essa incapacidade resultou da forma magistral como a Espanha geriu a posse de bola, como é habitual, mas também da passividade dos costa-riquenhos, que fizeram oito faltas em todo o jogo, contra 12 dos espanhóis, o que diz bem falta de agressividade que a equipa da América Central evidenciou na pressão sobre os portadores da bola e os recetores da mesma.
Basta dizer que a Espanha teve 85 por cento de posse de bola na primeira parte e que a Costa Rica não conseguiu por uma vez estender o jogo até à área contrária, que parecia estar a quilómetros dos jogadores costa-riquenhos.
A Espanha estava tão confortável no jogo, porque tinha quase sempre a bola, que os laterais Azpilicueta e Jordi Alba foram literalmente extremos, com a equipa a deixar atrás apenas Rodri e Laporte e a envolver regularmente oito unidades na manobra ofensiva, algo pouco visto numa fase final de um Mundial.
Os três golos que a Espanha marcou na primeira parte, aos 11, 21 e 31 minutos, por Dani Olmo, Marco Asensio e Ferrán Torres, este de penálti, não refletiram a superioridade esmagadora da Espanha, que perdeu várias oportunidades de tornar o resultado mais pesado para a Costa Rica.
Na segunda parte, a Espanha tirou um pouco o ‘pé do acelerador’, mas, como a Costa Rica, ao contrário do que fez na primeira parte, foi um pouco mais ousada a subir no terreno, acabou por deixar mais espaços para os espanhóis fazerem mais quatro golos, fixando em 7-0 o resultado final.
Luís Enrique procedeu a várias alterações, com as entradas de Balde, Koke, Morata, Soler e Nico Williams, a equipa perdeu um pouco de ligação no seu jogo, mas os suplentes utilizados entraram com ‘ganas’ de mostrar serviço e o resultado avolumou-se com os golos de Ferrán Torres (54), Gavi (74), Soler (90) e Morata (90+2).
Com este triunfo, a Espanha ascendeu à liderança do grupo E, com três pontos, seguida do Japão, que causou surpresa ao vencer a Alemanha por 2-1, com os mesmos pontos, da ‘mannschaft’ e da Costa Rica, que ainda não pontuaram.