Segundo a mesma fonte, esta rede era formada por estrangeiros, nomeadamente famílias romenas, e alguns portugueses que lhes davam apoio.
"As várias dezenas de vítimas de nacionalidades romena, moldova, marroquina, paquistanesa e senegalesa eram contratadas para explorações agrícolas em Beja, Cuba e Ferreira do Alentejo entre outros locais", avançou a fonte.
A PJ realizou hoje 65 buscas domiciliárias e não-domiciliárias que culminaram na detenção de 35 pessoas, maioritariamente homens.
A investigação da PJ iniciou-se há cerca de um ano e teve como foco a angariação por esta rede criminosa de trabalhadores estrangeiros sazonais para a agricultura no Alentejo, com a promessa de emprego e habitação dignos.
Segundo a mesma fonte, esta rede criminosa de angariação de mão-de-obra estrangeira obrigava os trabalhadores a devolverem-lhe uma parte substancial do seu vencimento e por vezes aplicava agressões físicas e coação.
Os detidos serão presentes ao juiz de instrução criminal, em Lisboa, para primeiro interrogatório judicial para aplicação das medidas de coação.
Em resposta à Lusa, a Procuradoria-Geral da República confirmou “a realização de buscas, no âmbito de inquérito a correr termos no Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa”, acrescentando que o inquérito está sujeito a segredo de justiça.
Lusa