As leis de ratificação foram votadas uma a uma e receberam o apoio unânime dos deputados russos, que aplaudiram o resultado da votação, realizada de modo eletrónico.
Putin formalizou na sexta-feira em Moscovo a anexação destas quatro regiões ucranianas, áreas parcialmente ocupadas pela Rússia no leste e sul da Ucrânia, após a realização de referendos, considerados ilegais por grande parte da comunidade internacional.
As quatro regiões representam cerca de 15% do território da Ucrânia, ou cerca de 100.000 quilómetros quadrados, um pouco mais do que a dimensão de países como a Hungria e Portugal ou um pouco menos do que a Bulgária, segundo a agência espanhola EFE.
A Federação Russa, que tem mais de 147 milhões de habitantes, ultrapassará os 150 milhões com estas anexações.
Uma grande parte dos países e das organizações da comunidade internacional condenou estas anexações, dizendo que são o resultado de “falsos referendos”, comprometendo-se a não reconhecer qualquer validade a esta decisão.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas – mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,4 milhões para os países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa – justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.