O anúncio foi feito depois da alegada sabotagem dos gasodutos Nord Stream no vizinho Mar Báltico.
"Estamos em discussão com os nossos aliados para aumentar a presença (militar) nas águas norueguesas e aceitámos contribuições alemã, francesa e britânica", declarou o chefe do governo norueguês, Jonas Gahr Støre, durante uma conferência de imprensa.
Este anúncio é feito dias depois da deteção de quatro fugas, precedidas de explosões, nos gasodutos Nord Stream, que ligam a Federação Russa à Alemanha, sob o Mar Báltico, um incidente geralmente considerado como um ato de sabotagem.
"Compreendo que as pessoas estejam inquietas das consequências que a situação no Mar Báltico possa ter e que algo parecido possa ocorrer nas instalações petro-gasíferas" norueguesas, elaborou Støre.
"Não temos qualquer indicação de ameaças diretas contra o setor petro-gasífero norueguês", acrescentou.
Depois das fugas e explosões que ocorreram nos gasodutos Nord Stream 1 e 2, ao largo da ilha dinamarquesa de Bornholm, entre o sul da Suécia e a Polónia, a Noruega anunciou um reforço das suas próprias infraestruturas petro-gasíferas com, nomeadamente, uma presença militar "mais visível".
Hoje, Støre especificou que dois navios da Guarda Costeira norueguesa tinham sido destacados para patrulhar das plataformas dos hidrocarbonetos e que a zona também passou a ser vigiada por um avião de patrulha marítima.
Tornado o principal fornecedor de gás à Europa, depois da redução dos fornecimentos russos, no seguimento da invasão da Ucrânia, pelas tropas de Moscovo, a Noruega está ligada ao Velho Continente por uma rede de gasodutos submarinos que se estende por cerca de nove mil quilómetros.
Støre, que se reuniu hoje com dirigentes europeus e o secretário-geral da NATO, deve visitar a plataforma petrolífera Sleipner, no Mar do Norte, durante o dia de sábado.