O secretário regional da Saúde da Madeira afirmou hoje que o novo hospital da região será "uma realidade" e que o executivo do arquipélago pretende apresentar o projeto final de execução até ao fim deste ano.
"Continuamos a trabalhar, pois este hospital vai ser uma realidade", declarou Pedro Ramos, numa sessão de apresentação do projeto de arquitetura do novo hospital do Funchal, que contou com a presença da equipa de projetistas (ARIPA), diretores de serviços e responsáveis das várias áreas da unidade do Serviço de Saúde da Madeira.
O governante sublinhou que este projeto tem várias fases e está presentemente na fase de "elaboração".
"Já temos maquete, já temos plantas, discussão, análises e avaliação muito próxima da conclusão para no final deste ano podermos apresentar o projeto final de execução e podermos obter o financiamento para o mesmo", argumentou.
Pedro Ramos destacou que o novo hospital é um Projeto de Interesse Comum (PIC), recordando que a região apresentou um projeto de candidatura para este efeito que não teve um primeiro parecer "favorável" da Comissão de Acompanhamento das Políticas Financeiras, uma decisão que foi "reforçada por uma análise um pouco negativa da Direção-Geral de Saúde".
O governante rebateu todos os argumentos para ter sido rejeitada esta candidatura, assegurando que "está mais do que justificado porque é que é exigido que esta construção seja um projeto de interesse comum".
O responsável madeirense vincou que o novo hospital da Madeira "será uma certeza, porque o seu investimento vai permitir ganhos em saúde, maior concentração de recursos, melhor gestão, menos despesa, mais efetividade, mas eficiências, mais tecnologia, menos internamento, mais hospital de dia, mais ambulatório, mais segurança, mais qualidade".
Pedro Ramos mencionou, entre outros aspetos, que "além de mais e melhor resposta" nos cuidados de saúde, vai permitir a criação de mais postos trabalho, "cerca de meio milhar só no último ano da obra".
Também explicou que o novo hospital vai ter robotização em algumas áreas (farmácia e armazéns), será implementado numa área com 170 mil metros quadrados, terá 590 camas, concentração de recursos, 151 postos de funcionamento no hospital de dia.
Vários elementos da equipa de projetistas enunciaram que a nova unidade hospitalar, cujo projeto começou a ser delineado em 2003, será composto por três corpos (norte, central e sul), tendo como objetivos facilitar as acessibilidades internas e externas.
Destacaram que foi feita uma aposta para tornar o empreendimento "uma peça humanizada", "usando a imaginação, para que viva da luz e da paisagem" e que a necessidade de expansão futura é permitida na verticalidade, tendo como única exceção a área do heliporto.
Elevadores específicos para doentes e visitantes, entrada de visitas autonomizada, corredores de circulação separados para pacientes e pessoal e um parque de estacionamento com 1100 lugares foram outros elementos apontados.
O projeto de construção do novo hospital tem um custo estimado em 340 milhões de euros e o Governo madeirense pretendia uma comparticipação de 80% do Estado, tendo o atual Governo assumido o compromisso de assegurar metade do investimento, não estando ainda definida a forma de financiamento.
LUSA