Cerca de 400 agricultores participam este fim de semana na Festa da Anona, certame que decorre na freguesia do Faial, numa época em que a produção do fruto sofreu uma quebra de 85 toneladas.
Dados fornecidos à agência Lusa pela Direção Regional de Agricultura indicam que a produção em 2016 situou-se em 1015 toneladas, menos 85 do que em 2015, o que ficou a dever-se a "condições climatéricas adversas".
O cultivo da anoneira na Região Autónoma da Madeira ocupa, atualmente, uma área de 118 hectares, sendo que a grande maioria dos pomares está localizada nos concelhos de Santana (município a que pertence a freguesia do Faial), Machico, Santa Cruz e Funchal.
Entre 2015 e 2016, o número de agricultores que se dedica ao cultivo da anoneira manteve-se em 1127, mas o número de inscrições para participar na XXVI Festa da Anona aumentou em cerca de 30.
A Direção Regional de Agricultura salienta, por outro lado, que, em termos de preço, a média da cotação mais frequente registada no mercado grossista regional em 2016 passou de 0,99 Euro/kg para 1,10 Euro/kg ( mais 11%).
Em 2016, o valor gerado pela produção de anona situou-se em 1.1 milhões de euros.
Em termos de exportação, a Madeira mandou para o continente português cerca de 40 toneladas desta fruta, mais 3 toneladas do que em 2015.
A "Anona da Madeira" é uma Denominação de Origem Protegida desde 2000, data a partir da qual passou a estar protegida em todo o espaço da União Europeia contra qualquer "usurpação, imitação ou evocação".
A anoneira é cultivada na Madeira desde os primórdios da colonização, embora a mais antiga referência escrita conhecida date de 1845, e desde logo adaptou-se muito bem à ilha, devido à existência de condições próximas às da área geográfica da sua origem, que é a Cordilheira dos Andes, na América do Sul.
Em 2016, a Direção Regional de Agricultura apoiou os produtores de anona com a realização de podas e de enxertias, abrangendo um total de 266 explorações agrícolas.
LUSA