De acordo com os dados divulgados hoje pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, foram colocados 727 novos alunos nas 21 licenciaturas em Educação Básica.
O número continua aquém de outros tempos – em 2017, por exemplo, foram 853 -, mas representa um aumento de 14% face a 2021, numa altura em que o problema da falta de professores volta a marcar o regresso às aulas.
Os novos alunos agora colocados vão ocupar pouco mais de 700 vagas de um total de 868 disponíveis. Sobram 143 vagas, em menos de metade das instituições, que serão disponibilizadas na segunda fase do concurso do acesso, entre 12 e 23 de setembro.
Há 12 universidades e politécnicos onde a taxa de ocupação da licenciatura em Educação Básica foi de 100%, enquanto, por outro lado, o maior número de vagas não ocupadas é no Instituto Politécnico de Bragança, que tem, pelo menos, 43 lugares disponíveis para a segunda fase.
A média mais alta é a da Universidade do Porto: o último aluno a garantir colocação naquele que é o primeiro passo na formação de um professor entrou com 16,08 valores. Segue-se a Universidade do Minho (15,02 valores) e o Instituto Politécnico de Coimbra (14,47 valores).
A média mais baixa é no Politécnico de Viseu (10,60 valores), seguido da Universidade da Madeira (10,65 valores) e o Politécnico de Santarém (11,12).
Ainda antes de arrancar a primeira fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior, a tutela definiu que as instituições poderiam aumentar as vagas para as licenciaturas em Educação Básica.
O objetivo da medida era estimular o aumento de vagas nas licenciaturas em Educação Básica, "atendendo à necessidade premente de formação de professores", referia o despacho que determina as orientações para a fixação de vagas.
Quando o Governo decidiu aumentar, excecionalmente, as vagas inicialmente fixadas face ao elevado número de candidatos, esta área foi novamente privilegiada, sendo permitido a esses cursos um reforço superior aos restantes.
Recentemente, a necessidade de atrair alunos para os cursos que formam professores tem sido cada vez mais apontada, perante o problema crescente da falta de professores nas escolas e uma classe envelhecida, em que número de aposentações é crescente e superior à chegada de novos docentes.
Há cerca de duas semanas, o próprio ministro da Educação afirmou que o número de alunos candidatos aos mestrados em ensino de diferentes áreas para o próximo ano letivo também aumentou significativa e instou as instituições de ensino superior a disponibilizarem mais vagas.
Quase 50 mil alunos entraram para o ensino superior no final da primeira fase, em que só 19% dos candidatos é que não obtiveram colocação. Havia 54.641 vagas, das quais sobraram 5.284.
Os resultados estão disponíveis no ‘site’ da Direção-Geral do Ensino Superior: http://www.dges.gov.pt.