O secretário regional com a tutela do Jornal da Madeira (JM), Sérgio Marques, disse hoje que ainda não recebeu nenhuma proposta de compra do título, a um dia do fim do prazo para a apresentação de propostas vinculativas.
"Conto receber até amanhã, ao final do dia, propostas. Não posso prever quantas irei receber. A minha esperança é que receba mais do que uma proposta e só após isso, então, no dia seguinte daremos divulgação pública do número de propostas que entraram", afirmou o secretário regional dos Assuntos Parlamentares e Europeus, no final de uma visita ao Balcão Casa Pronta da Conservatória do Registo Predial do Funchal.
O prazo para a apresentação de propostas de compra do matutino detido a 100% pelo Governo Regional da Madeira termina na quarta-feira, dia 22, isto depois de ter sido prorrogado por mais 90 dias, dada a ausência de propostas.
O governante reconheceu que, até ao momento, não recebeu nenhuma proposta, considerando, no entanto, que tal facto não deverá atrasar mais uma vez a vendo do título.
"Eu tenho a convicção de que amanhã entrarão propostas credíveis que podem fazer com que este objetivo do governo – que é o da privatização do JM – desta vez possa ser concretizado. É essa a minha convicção", declarou.
O executivo tinha informado, a 15 de fevereiro de 2017, a aprovação de uma resolução que autorizava a celebração de um contrato de suprimentos com a Empresa Jornal da Madeira (EJM) até 262.500 euros, destinados aos últimos acordos de rescisão com trabalhadores.
Logo após a tomada de posse (a 20 de abril de 2015), o executivo de Miguel Albuquerque iniciou um processo de reestruturação da EJM – com um capital social de 4,3 milhões de euros e que custava cerca de três milhões de euros anuais ao Orçamento Regional -, visando a sua privatização.
LUSA