Dizendo novamente ser vítima de uma “caça às bruxas”, declarou em comunicado que recusou "responder a perguntas, ao abrigo dos direitos e prerrogativas concedidos a todo o cidadão pela Constituição dos Estados Unidos”.
Trump invocou assim o seu direito contra a autoincriminação, previsto na 5ª emenda da Constituição norte-americana.
"Não tenho absolutamente nenhuma escolha porque o atual Governo e muitos procuradores deste país perderam todos os limites morais e éticos da decência”, disse.
“A conselho do meu advogado e por todas as razões mencionadas, recusei-me a responder às perguntas ao abrigo dos direitos e privilégios concedidos a todos os cidadãos pela Constituição dos Estados Unidos”, acrescentou em comunicado.
O interrogatório aconteceu dois dias depois das buscas do FBI (polícia federal norte-americana) à residência do ex-Presidente em Mar-a-Lago, na Florida.
As buscas foram realizadas ao abrigo de uma investigação federal sobre documentos oficiais que terão sido levados para a propriedade do ex-Presidente e não estão relacionadas com este processo cível.
Numa mensagem publicada na sua rede social, a Truth Social, Trump descreveu a investigação da Procuradoria-Geral de Nova Iorque como “a maior caça às bruxas na história dos Estados Unidos”.
"A minha grande empresa e eu estamos a ser atacados por todos os lados", salientou o ex-Presidente republicano (2017-2021).
O inquérito de Nova Iorque está a ser conduzido pela procuradora-geral do estado, Letitia James, que Trump descreve como uma "racista" na sua publicação, que conclui exclamando "República das Bananas!".
O processo conduzido por Letitia James procura determinar se a Organização Trump inflacionou o valor dos seus ativos de forma a obter empréstimos bancários e, em paralelo, reduziu esse mesmo valor com a intenção de pagar menos impostos.
A investigação é cível, pelo que, independentemente das conclusões, não poderá apresentar acusações criminais contra a família Trump.