Os dados são do gabinete estatístico comunitário, o Eurostat, e revelam que, em 2021, Portugal tinha 14.037 bombeiros profissionais empregados de um total de 365.071 no conjunto do espaço comunitário, representando 0,2% do emprego na UE.
“Os incêndios que assolam toda a Europa devastaram milhares de hectares de terreno em França, Portugal, Espanha, Itália e Grécia, pondo à prova os bombeiros dos países afetados”, observa o Eurostat.
Segundo o gabinete estatístico da UE, a Estónia, Chipre, Roménia e Eslováquia detinham, no ano passado, cerca de 0,4% do emprego total destes profissionais, registando a maior percentagem de bombeiros nas suas respetivas forças de trabalho.
Em termos de idade, a maioria dos bombeiros profissionais tinha entre 30 a 54 anos, num total de 264.600 em 2021, seguindo-se as faixas etárias de mais de 55 anos (50.300) e 15 a 29 anos (50.100).
Relativamente às verbas alocadas à proteção contra incêndios, os dados mais recentes do Eurostat, referentes a 2020, revelam que nesse ano os governos da UE gastaram quase 32,9 mil milhões de euros.
Assim, em 2020, as despesas das administrações públicas nos 27 Estados-membros da UE com serviços de proteção contra incêndios ascenderam a 32,9 mil milhões de euros, um aumento de 6,4% em relação a 2019, quando as despesas foram de cerca de 30,9 mil milhões de euros.
No conjunto da UE, a percentagem na despesa das administrações públicas para esta rubrica foi de 0,5% em 2020, mantendo-se estável em cerca de 0,4-0,5% desde o início da série cronológica em 2001.
Por Estado-membro, em 2020, a Dinamarca registou a percentagem mais baixa de despesas com serviços de proteção contra incêndios na despesa total de 0,1%, seguida da Bélgica, Malta, Áustria, Portugal e Eslovénia com 0,3% da despesa das suas administrações públicas.
Em contrapartida, a Roménia teve a maior percentagem de despesas com serviços de proteção contra incêndios com 0,8%, seguida da Bulgária, República Checa, Alemanha, Estónia, Grécia, Lituânia e Luxemburgo com 0,6%.
Os dados surgem numa altura em que ainda deflagram incêndios florestais em Portugal, mobilizando vários meios.